terça-feira, 27 de outubro de 2015

Europa- Um sonho que se realiza - Capitulo 1

Autores: Fernando Turco e Débora Gonçalves Antelmo


20 de Julho de 2009- Segunda feira - Nesse dia,  iniciou-se a concretização de um sonho de todos nós que participamos, mas, falando particularmente por mim, essa  viagem se revestia  de uma importância e de um simbolismo extremamente grandes , pois soava como se eu estivesse voltando para casa , para minhas origens , pois a maioria de meus amigos e amigas , sabe que tenho ascendência espanhola por parte de mãe e italiana (calabresa) por parte de pai.

Antes de iniciar o relato propriamente dito, irei ressaltar que irei dividir os créditos do blog com minha grande amiga de longa data e de viagem, a Débora de Lima Gonçalves Antelmo, pois passei escrever  meus blogs  de viagem apenas a partir de 2013 e como essa nossa viagem  foi bem antes , certos detalhes e passagens não seriam possíveis de lembrar se não fossem as anotações que Débora fez durante a viagem, por isso nada mais justo do que ela seja minha parceira nas peripécias e nas histórias  que iremos relatar dessa maravilhosa viagem .

Todas as providências dessa viagem tiveram a providencial participação de minha esposa Silvia, que várias vezes foi conosco à CVC para fechar o pacote e tratar dos detalhes que ninguém tinha paciência de tratar. Depois de tudo definido e dificuldades  transpostas, estava tudo finalmente definido, iríamos eu, Silvia, Edilmo, Neusa , Magrão e Débora atravessar o Atlântico e conhecer terras maravilhosas banhadas pelo Mediterrâneo.

Já a ida para o aeroporto no dia 20 de julho de 2009 tinha suas particularidades , pois devido a estarmos em três casais, decidimos e  fui eu a concretizar isso, alugar uma van  para que nos levasse ao aeroporto. O motorista foi pegando casal por casal e quando estávamos todos juntos , resolvemos externar nossa alegria ao que estava por vir e paramos no acostamento da Rodovia dos Trabalhadores para estourar uma Champagne, as taças eram de plástico, mas ninguém estava aí  e assim fizemos nosso primeiro brinde à maravilhosos 11 dias que estavam por vir .

Um lance folclórico logo de início antes de embarcarmos , foi a farta distribuição de Aspirinas que a  Neusa fez, pois parecia que algum amigo a tinha orientado para esse uso , no sentido de evitar trombose  pois o tempo de voo é muito longo  ( até hoje não tenho certeza se foram 10 ou 11 hs).

Débora e Magrão fariam uma coisa que se tornaria sua marca registrada durante toda a viagem. No momento de embarque , às 20 hs , ficaram com saudades e preocupação quanto à  Maisa , que estava em Minas Gerais e resolveram ligar para ela, conclusão , foram os últimos a entrar na aeronave  e Silvia tinha ficado na porta para não fecharem o avião.

Todos acomodados naquelas poltronas apertadíssimas , soubemos que o jogador de futebol Luis Fabiano estava no  mesmo voo , só que na primeira classe . Estava todo mundo um pouco tenso , pois pouco tempo antes , um airbus 230 havia explodido nessa mesma rota, em pleno oceano , então, após algumas garrafinhas de vinho e um pequeno jantar,  Edilmo lia um livro de 1800 páginas , Neusa fingia que dormia , Silvia dormia de verdade , Débora tagarelava sem parar, filosofando sobre a vida e eu e o Magrão estávamos mais impacientes e inquietos, eu inclusive ainda era fumante na época , sendo assim nós dois ficamos a passear pelo avião.

Em um momento em que estávamos todos sentados e acordados rimos muito, pois o Magrão foi ao banheiro que era um pouco à nossa  frente e percebemos que ele não havia fechado direito a porta , então as pessoas abriam a porta , olhavam para dentro e fechavam rapidamente , nesse momento Débora falava , acho que abriram e fecharam rápido porque não gostaram do que viram , rsrsrsrrs.

Após um período interminável, finalmente chegamos em solo europeu. Ao perceber que o avião havia pousado em segurança quase todos os passageiros aplaudiram a tripulação e o fato de chegarmos vivos. Como a diferença é de cinco horas, além do horário de verão , pois lá era pleno verãozão, então às 4 da manhã se transformou em oito. Todos meio amarrotados e com as pernas espremidas com  café da manhã tomado à pouco tempo.

Finalmente estávamos no aeroporto de Madrid, que segundo a Neusa parecia uma colméia e Silvia observou que o avião que viemos chamava-se Mariana  e sem dúvida isso seria um bom sinal. Depois de atravessarmos o imenso aeroporto,  passamos pela fiscalização e a Débora como havia feito chapinha no cabelo, nem foi barrada , rsrsrsrsr.  Após isso entramos em um trem dentro ainda do aeroporto para irmos até o outro lado retirar as malas , sendo que minhas malas e da Débora já vieram sem os cadeados .

Encontramos na saída um senhor da Ibérica, que de Van , viera ao aeroporto par nos buscar e nos levar para o Hotel que era interligado à uma estação de Metrô e muito próximo do estádio do Real Madrid, que é o Santiago  Bernabéu.

Cara, estávamos na Europa, quanta coisa passou pela nossa cabeça, a Débora então sendo professora e historiadora, no caminho para o Hotel já curtimos muito o trânsito, os carros, muitas Mercedes, era só o começo................