terça-feira, 12 de maio de 2015

Me apaixonando por Conservatória , o distrito musical- Cap. 3

02/05/2015- Sábado- Natureza, gastronomia e mais música . Um dia repleto de boas atividades 
Último capitulo (dessa viagem). 

Pareceu que todo mundo estava um pouco cansado , porque poucos desceram pontualmente às 8:30 hs para o café da manhã , que nesse dia começou de verdade às 9:00hs . Mesmo assim todos muito  animados para o dia que viria .

A programação era pegar a  Serra da Beleza , ir até a Fazenda Santa Clara , almoçar e voltarmos a tempo para o show imperdível das  cantoras do rádio,  no espaço Sonora .

Nos aconchegamos em dois carros para esse passeio , pois iriam seis na Spin com o Silvio e quatro , sendo eu e Silvia com José Carlos e Sandra no citroen C3 da Tatiana .

A estrada para a Serra da beleza saia ali perto da locomotiva e da rodoviária , só que ali há duas saídas , direita e esquerda , a Spin que ia na frente guiada por Silvio pegou a saída à direita e nós fomos atrás , mesmo o José Carlos achando que estava errado , depois de rodar uns 8kms , Silvio parou para perguntar e viu que estávamos errados, teríamos que voltar , entre ida e volta foram uns dezesseis quilometros desperdiçados .

Já na trilha certa , começamos a descobrir porque se chamava serra da beleza , logo passamos pela Ponte dos Arcos , que deixaríamos para ver melhor  na volta . Logo alguns quilometros mais à frente , vemos um  mirante maravilhoso para tirarmos fotos e apreciar . Vejo um guia falando para alguns turistas que aquela paisagem abrangia três estados , serra da canastra no RJ à direita , serra da mantiqueira con SP ao centro e MG à esquerda . Tiramos fotos  e numa Kombi havia algumas moças que vendiam alguns produtos , eu e o José Carlos compramos um pacote pequeno de café da roça que deixava o porta malas do carro com um cheiro simplesmente maravilhoso.

Depois disso continuamos a viagem e curtimos belezas naturais fantásticas , foram quase 40 km de Conservatória até  a fazenda , que por poucos metros já está situada  no Estado de Minas Gerais .

                                              Fazenda Santa Clara

Sua origem remonta o ano de 1856 no século XVIII , hoje  possui   6000 m2 e é um ícone da era do café, sendo hoje a  maior e mais bem conservada  fazenda do ciclo do ouro  no Brasil , com seus 14 salões , 52 quartos e 365 janelas , dois terreiros de café , senzala e masmorra  e indo pela Serra da Beleza (RJ 137) , fica por poucos metros pertencente à MG em Santa Rita do Jacutinga a poucos metros da divisa com o RJ.

Chegando à fazenda tiramos algumas fotos do local  e ao contrário do que dizem as reportagens não achamos a fazenda tão bem conservada assim , dessa forma vimos logo na entrada o calabouço e entrar em contato com os pelourinhos e os grilhões nos proporcionou um amargo nó na garganta , após tirarmos algumas fotos da entrada e saber que para visita monitorada teríamos que pagar R$10 por pessoa resolvemos não participar dessa atividade e nos retiramos , todos nós estávamos preocupados em voltar a tempo para o show na Sonora ,  após ouvir um comentário ruim da dona da fazenda sobre o Restaurante do Duque  quase deixamos de ir , um pouco depois por interferência providencial de Silvia , acabamos por resolver ir até lá .


                                             Restaurante do Duque

Foi muita sorte termos decidido pagar  para ver , o Restaurante  distante da Fazenda uns 600 mts apenas já pertence ao RJ e fica na Estrada Parapeúna . É um imenso casarão onde tudo acontece no andar superior . Ao chegarmos no local já degustamos a Cachacinha Velho Chalé , que é colocada à disposição e pudemos notar que a comida toda caipira e mineira é aquecida num enorme fogão à lenha , o que é melhor ainda é que o preço não é proibitivo , são R$25  por pessoa com direito à se servir à vontade , inclusive sobremesa. Entre cachacinhas , cervejas , sucos , refrigerantes , muita comida boa, como pernil e farofas e sobremesa . Nem preciso dizer que todos saímos de lá enfastiados , mas muito satisfeitos .

Voltando à  cidade, dessa vez paramos  na Ponte dos Arcos para tirarmos fotos e curtir o local ,  Silvio, Edilmo, Neusa e José Carlos subiram para a parte alta par contemplar , lá em cima foi uma passagem de estrada de ferro, que depois  foi desativada , houve até um pequeno garoto de uns doze anos , que agindo como guia nos contou a história do local .
                                       
                                                            Sonora
Estávamos de novo no centro de Conservatória par o Show  no Espaço Sonora , depois quem quiser pode entrar  e visitar a página no Facebook, que é,  www.facebook.com/espacosonora , vale a pena . Nos acomodamos no pequeno teatro , que tem lugar para umas 80 pessoas , o único porém  é que  poltronas  de madeira são bem estreitas e como alguns de nós estão fofos, acabam ficando mal acomodados, mas o lado do espetáculo é muito bom , com um show de interpretação de Juliana Maia  , que interpreta Maysa, Dalva de Oliveira, Dolores Duran  e Carmen Miranda,  dessa forma tivemos apresentação,  desde músicas dor de cotovelo, até as maravilhosas marchinhas de carnaval , Juliana é muito carismática e  extremamente simpática  e foi acompanhada por um violonista excelente cujo nome é Dehon Coimbra , que em alguns momentos fez apresentações solo, sendo a mais marcante a "Volta ao Mundo". Saímos do local extasiados .
De volta às ruas , damos mais alguns passeios à pé , olhando mais atentamente para a arquitetura colonial dos imóveis e nos encaminhamos  para o restaurante , que é pizzaria , que quase fomos ontem . Ao sentarmos à mesa , vermos  os preços e  observarmos o tipo de música ao vivo, resolvermos então nos levantarmos , sair e procuramos outro local para comermos e bebermos .

Acabamos nos decidindo por ir conhecer o Bistrô , que fica próximo e do lado contrário  do Tom  Maior, hoje  no Tom não haveria música ao vivo, decididos então fomos à esse outro estabelecimento e lá pedimos petiscos, como berinjela com queijo e pastéis , assim como algumas cervejas , o lugar é legalzinho , só que é um casarão , dividido em vários cômodos , onde ficam as mesas , então quem  não  ficar no cômodo central não vê e ouve a música ao vivo , aquele dia teve apresentação de um dos grandes seresteiros do local .

Saindo do Bistrô , fomos à uma loja comprar uns queijos e alguns doces de figo diet , após fomos à praça que fica em frente ao Centro de Cultura , onde por motivo de uma garoa insistente , estava sendo feita a seresta dentro de umas tendas cobertas, um dos cantores é o mesmo que vimos no Bistrô instantes atrás . Eu já estava um pouco entediado e quando percebi que a chuva parou e eles resolveram sair em serenata e que a maioria  do nosso pessoal   iria acompanhar pelo menos um pouco, avisei a Silvia que iria tomar um café no "Delicias  Sonata do Amor", quando ia  começar a beber minha cafeína aparece a Meire , dizendo que ia tomar um chá e logo em seguida acabou aparecendo toda a turma .


Saindo do café, nada mais no restava a não ser voltar à pousada e descansar para amanhã apenas tomarmos café da manhã e voltarmos cada casal  para sua casa. Ocorre que chegando à Oca Porã, não há ninguém para nos entregar a chave dos quartos , que ficam no salão de café que estava fechado. Após quebrarmos um pouco a cabeça , Meire que é miúda , acha uma janela aberta e pula para  dentro para achar a chave , eu e Ari acabamos sofrendo para ela pular de volta , Edilmo e Neusa , acharam uma chave escondida e também conseguiram entrar e apanhar mais uma chave que estava faltando .

Depois entre muitas risadas , chamávamos a Meire de "Gatuna " , esse foi o desfecho hilário do passeio. Amanhã faremos apenas o café e pegaremos estrada . Tenho certeza , que esse passeio foi marcante para todos nós , em Conservatória curtimos boa música, ambiente bucólico e ao mesmo tempo alto astral e o distrito musical marcou um pouco cada um de nós , além de termos feito novos e interessantes amigos .

Até a próxima e que venha a aventura de outra viagem.

Beijo no coração de todos .

















































sexta-feira, 8 de maio de 2015

Me apaixonando por Conservatória , o distrito musical - Cap. 2

01/05/2015- Sexta feira - Tudo mudou

Não consegui dormir muito, talvez quatro horas no máximo, possivelmente  por estranhar o lugar , mas o incrível é que logo que amanhece o dia , o canto dos pássaros invade a pousada , parece que todas as aves da região se concentraram num único lugar . Às sete horas  vejo no whatsapp do celular que minha prima Sandra e o José Carlos saíram de São Caetano às 6:30 hs , então eles devem chegar em torno de 13:30 ou 14 hs .

Vamos então para o café da manhã  , que foi combinado para às  8:30 hs , eu diria que o café foi razoável , poderia ser melhor , mas às vezes pelo que é acertado,  temos um nível de exigência muito alto . Após  o café , dirigi-mo-nos para a rua para conhecer e ir a pé passear pela cidade . Primeiro antes de passarmos pelo túnel que chora ,  passamos por uma loja de artesanato bastante grande e com ótima variedade de produtos, mas o que nos chamou mais a atenção foi um desenho de um corpinho de mulher em um tecido grosso em que as meninas colocavam sua cara, ficou hilário conforme vocês verão nas fotos , depois passamos  pelo túnel que chora , fazendo brincadeiras e imitando sons de choro enquanto passamos , depois rumamos para o centro , sendo que o  primeiro lugar a visitar,   foi onde é a rodoviária da cidade que inclusive está sendo restaurada  e reconstituída para preservação, nesse lugar também há placas com desenhos para colocarmos nossas caras , dessa vez há mais dessas para os rapazes , tsk, tsk.

Lá na rodoviária decidimos que iremos a pé fazer um passeio até o Alambique, "Cachaçaria  Vilarejo", que dista 1 Km , Rose e Ari acabaram por não ir junto , pois ela estava sentido alguns sintomas de gripe e queria ir numa farmácia cuidar disso, então fomos os seis , eu, Silvia, Maria, Silvio , Neusa e Edilmo , a distância não é grande , o problema é que naquele horário (onze horas ) o sol  estava abrasador o que tornava o trajeto um pouco cansativo . Lá chegando degustamos algumas cachacinhas e não gostamos de nada , exceção feita à um lustre feito de garrafas de cachaças que eu particularmente achei muito legal .

Estamos tomando o caminho de volta , acabamos encontrando Meire e Ari num café muito agradável e verificamos que num barzinho, que também é  restaurante, são servidas trutas , então decidimos que ali seria nosso almoço. Caminhamos até a rua do barzinho Dó Ré Mi, do calçadão e vamos tomar umas cervejas  até que José Carlos e Sandra cheguem , é bom frisar que praticamente quem só tomou cervejas , fomos eu, Edilmo e Silvia , pois o resto da turma não estava muito a fim . No calçadão inclusive havia música ao vivo, de teclado e cantor sob um toldo, ficava muito gostoso ficar por ali  e aí notamos que o movimento já era totalmente diferente do dia anterior, a cidade,  na verdade já estava bem lotada , sem entretanto ficar insuportavelmente  cheia.

Finalmente os primos chegaram , eles ainda não conheciam Silvio, Maria , Meire e Ari, mas notei que com dez minutos de conversa , os dois já estavam super enturmados e realmente eles tem essa capacidade  de se relacionar de maneira muito fácil, em pouco tempo,  parecia que  todos ali   já se conheciam há  muito tempo, tudo caminhava de forma super boa , terminamos de tomar nossa cerveja e nos dirigimos ao "Tom Maior " para almoçar a cobiçada truta , com arroz e batata . Chegando ao restaurante ,pedimos as trutas e também três pratos de saladas de entrada , as saladas eram incrementadas com damascos e passas e o tempero estava uma delícia , acabamos nos enturmando com a Rose , que é a dona do estabelecimento , que inclusive nos traz alguns temperos importados da Turquia e outros  lugares. Finalmente chegam as trutas , são pratos individuais e estavam simplesmente maravilhosas , todos ficamos muito satisfeitos , antes de sairmos a Rose nos diz que  a casa está  fazendo um ano de funcionamento e que a noite haverá alguns drinques e música ao vivo de boa qualidade para comemorar , nos comprometemos pelo menos a dar uma passada . Importante dizer , que enquanto estávamos no restaurante foi uma moça chamada Juliana , que disse que era cantora e que ela faria amanhã (domingo) uma apresentação chamada "Cantoras do Rádio" no auditória da Sonora e que teriam duas sessões às 16 hs e 20 hs e o convite custaria R$20 , acabamos todos nós comprando para a sessão das 16, tudo pela música , estávamos no clima .

Após mais algumas voltas  pelo centrinho, visitando algumas lojas decidimos que estávamos cansados e dessa forma , na caminhada voltamos para a pousada  era em torno de  16 hs. Todo mundo queria dar uma descansada  pois a noite prometia e também a serenata  é depois das 23 hs , eu Silvia , Neusa e Edilmo fomos , os outros ainda ficaram um pouco mais e pasmem, descobrimos depois que passado pouco mais de uma hora do almoço , o José Carlos,  Ari ,  o Silvio e a Maria  passaram da padaria e comeram sanduíches de mortadela, pode um negócio desses ?????

Após uma dormidinha básica , eu e Silvia acordamos por volta das 19 hs e vamos sentar um pouco no corredor fora da suite , lá eu vejo um casal do outro lado , nas suítes em frente a nós e comento que um cara havia deixado uma caminhonete no meio do pátio atrapalhando o estacionamento para os outros carros , bom , nem preciso falar que a minha cara foi e voltou , quando o vizinho me fala que é o carro dele , Silvia me cutuca e eu queria voar dali , no fim levamos tudo na brincadeira e acabamos tendo uma conversa agradável com o casal de cariocas , embora a moça confessasse e aí vai a grande coincidência, que ela é nascida em São Caetano do Sul.

Esse casal estava tomando uma garrafa de vinho e inclusive nos ofereceram , porém recusamos, mas ficou uma vontade , então saímos da pousada , andamos uns 30 metros e fomos num depósito de bebidas que já tínhamos visto de manhã , lá  compramos duas garrafas de vinho , Santa Helena , chileno e Malaquias , português , voltamos para a pousada , pegamos emprestado um abridor da casa e ficamos bebericando e conversando . Às 20:30 hs todo mundo já estava pronto para voltar para a cidade e curtir um pouco mais de música .

À noite fomos de carro, após caminharmos um pouco e discutirmos se iríamos comer pizza  ou ir curtir no Tom Maior , fui voto vencido e único, pela pizza , então fomos à comemoração e ainda bem que perdi e me submeti, pois o que viria a seguir seria indescritível . Nos acomodamos e olha que não é fácil acomodar 10 pessoas juntas ou pelo menos perto , bem , conseguimos duas mesas . Logo a Rose nos recebeu com um presente de coquetéis de frutas e ela esta toda elegante . Pedimos garrafas de vinho nas duas mesas  e para comer , caldos de abóbora, que disseram estar fantástico, canja, caldo verde e lanches de linguiça e filet mignon com queijo prato( esse foi meu). O pessoal que estava fazendo o som era fantástico, eram 3 Paulos , o violonista, muito bom, o tocador do cavaquinho, fantástico e o tocador de trombone , o Paulo do violão também cantava , porém vira e mexe aparecia alguém para dar uma canja, uma senhora chamada Érica , com uma voz belíssima e a própria Rose .

Nem preciso dizer que passamos algumas horas maravilhosas , pois o repertório era da melhor qualidade , MPB de primeira e uma ou outra música latina e pasmem tocaram Something dos Beatles e ficou simplesmente sensacional . Ao final,  foi lá também um mestiço japonês e cantou muito bem a música She,   de Charles Aznavour , essa canção por sinal eu adoro . Em torno de 23:15 hs houve uma interrupção pois a serenata estava chegando pela rua  já quase em frente ao restaurante e aí todo mundo respeita e aguarda a passagem para  depois continuar a música interna . Sendo assim fomos ver a chegada da serenata e funciona mais ou menos assim, eles param em frente a um estabelecimento cuja placa anuncia um famoso compositor ou compositora , aí eles falam sobre o personagem e a sua importância para a música e em seguida cantam uma canção dele ou dela , na verdade parece bastante uma procissão , eu particularmente  achei meio  cansativo, Maria ,  concordou comigo.

Ao voltar para dentro do Tom Maior , eu já propus para Silvia irmos descansar , no que fomos acompanhados por José Carlos que também estava  cansado, afinal ele já tinha dirigido em torno de seis horas nesse dia . Edilmo empresta a chave do seu Honda Civic e fomos nós três. Uma observação , ao chegar à pousada notamos que não havia tido arrumação , nem troca de toalhas , amanhã reclamaríamos sobre isso , logo todos os nossos  amigos também estariam voltando , todo mundo estava extasiado , o dia todo havia sido maravilhoso, ótimo astral, todo mundo enturmado .

Amanhã terá mais