sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Rumo às águas quentes de Maceió- AL- Capítulo 8 e último (dessa viagem)

21/11/2014- Sexta feira - Os corações se preparando para a partida. Tinha tudo para ser um dia tranquilo, mas ................

Acordamos e fizemos nosso último café da manhã (dessa viagem) em Maceió. Nesse dia,  tudo estava em outro ritmo. Não tivemos que acordar cedo, nenhum passeio programado e mesmo que houvesse , em função da situação da Silvia  pelo menos eu e ela dificilmente participaríamos .

Então após cumprirmos algumas tarefas bem bucólicas , como ler um livro e começar a dar um jeito na bagunça do quarto ,decidimos  passar o dia na tranquilidade do apartamento e do prédio. Iríamos então tomar um banho de piscina no último andar e aí também começamos a bolar de fazer um churrasco lá na cobertura , que também é ao lado da área de banho .

Como a churrasqueira estava bem suja e enferrujada, começamos eu e Edilmo a pensar em como torna-la viável. Após algumas tentativas meu amigo chegou à conclusão que daria sim , então começamos a nos dedicar à difícil tarefa de programar a carne e alguma outra coisa para a Mariana.

Pensado o cardápio, teríamos que ver quantas pessoas participariam, se haveria mais alguém além de nós. O Paulo , sabíamos que ainda estaria na Barra , ligamos par a Paulete e o Eric e nos defrontamos com o seguinte, mais uma vez eramos os únicos folgados ali,eles estavam tocando sua vida normal, pois era um dia útil, a festinha então seria só para nós, os inúteis, rsrsrs.

Enquanto as mulheres pensavam na salada , fomos ao Bom Preço , comprar as carnes, as bebidas que faltavam e apetrechos. Compramos linguiça toscana, maminha e queijo coalho , faltavam limões para a caipirinha  e tentávamos utilizar tudo que iria sobrar na geladeira , pois o que não fosse usado deixaríamos com o porteiro do nosso bloco.

Tudo comprado e resolvido, vamos todos para a cobertura e mais uma vez podemos contemplar a vista do lindo céu, do sal, do sol de Maceió, além do mar de um azul indescritível e novamente lembrei da música ponta de lápis .

Primeiro,  devido ao álcool de baixa qualidade tivemos dificuldade de acender a churrasqueira  e quando conseguimos , o Edilmo percebeu que aquele tipo consumia o carvão muito rapidamente e nós havíamos comprado apenas um saco . Eu então me prontifiquei na hora , par ir ao super comprar outro, foi aí que o bicho pegou.

O chão da área de churrasco era de lajotões de cimento , com detalhes de grama entre um e outro , eu estava de short de banho e minha bermuda estava em cima da mesa , em um desses lajotões havia um cone , desses do DSV , que ninguém sabia porque , eu desviei desse e fui para trás para pegar a roupa. Ao pisar nessa lajota de trás,o mundo se abriu sob meus pés . O piso quebrou ao meio e eu caí dentro de um buraco de mais ou menos um metro de profundidade. Do jeito que aconteceu todo mundo pensou que a coisa tivesse sido muito mais grave , porém meus pés mexiam  e consegui sair daquele lugar sem sentir dor imediata , porém minha perna,  minha canela e pés estavam raspados e sangravam, logo arrumaram gelo para eu colocar principalmente no pé direito, álcool para desinfetar as raladas e o quadro estava assim , Silvia de um lado da mesa com gelo no joelho  e eu de outro com gelo no pé , um pouco patético,  mas verdadeiro. No fim quem acabou indo comprar mais carvão foram a Mariana e o Yuri.

Após tudo isso, continuamos o churrasco, dando risadas dos acontecimentos de quedas que nos cercaram. Quando o horário aproximou-se das cinco da tarde começou a ameaçar uma grande chuva, aí recolhemos todas as coisas e voltamos para o apartamento. Todo mundo foi dar uma dormidinha , que afinal de contas ninguém é de ferro .

Malas arrumadas , pretendemos chegar no aeroporto Zumbi dos Palmares pelo menos até à meia noite , o voo é à 1:40 hs .  Entregamos os carros alugados e após uma pequena vistoria estamos liberados e prontos para fazer o check in. Para minha surpresa nesse momento reconheço uma amiga do Facebook, que pareceu estar viajando também com uma amiga, é a Fabíola Voltolini , que também é da região do ABC.

No voo eu e Sílvia não iremos juntos , por causa de lotação do avião , eu e Mariana acabamos sentando juntos.  Já dentro então da aeronave comecei a pensar em toda a viagem,  que foi maravilhosa , com momentos marcantes, paisagens maravilhosas , amigos extremamente hospitaleiros e carinhosos (Paulo, Paulete, Eric, Rodrigo e Hugo ) e já vai batendo uma grande saudade . Chegando em São Caetano é fazer a ressonância magnética no joelho da Sílvia , mas tenho a intuição de que tudo vai dar certo , ela é dura na queda . Essa viagem acabou , mas tenho certeza que muitas outras virão. Bye , bye ......


Obs: Quero dizer que todos esses relatos foram possíveis graças à colaboração de todos os envolvidos, pois uma história não existe sem personagens : os viajantes , os amigos locais e os locais que nos inebriaram . Tenho que fazer um agradecimento especial à Neusa Taeko, que com seu detalhismo em anotações e boa memória  contribuiu muito para que pudéssemos fazer e contar para vocês    "A Aventura da Viagem - Rumo às águas quentes de Maceió- AL ".

Beijo a todos


















quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Rumo às águas quentes de Maceió- AL- Capítulo 7

20/11/2014- Quinta feira - Barra de São Miguel, Praia do Gunga e um "acidente"........

Na manhã dessa quinta feira , recebo um SMS  logo cedinho da Paulete dizendo que está com o filho dela , o Eric e que no dia anterior tinha sido aniversário do outro filho dela, o Rodrigo, que fez 16 anos e também  se daria para ele ir conosco e levar um amigo, ela achava que sozinho ( sem esse amigo) , ele não iria junto e no dia anterior ela estava trabalhando e portanto não pode estar junto no aniversário do filho , aí ela perguntou se daria também para o Eric ir conosco, como demorei um pouco para ver a mensagem , talvez ela tivesse pensado que estávamos reticentes de levar a todos , portanto ela chegou em nosso condomínio sozinha. Após encontra-la na recepção e matar a saudade com um caloroso abraço , subimos ao apartamento e apresentei-a a todos. Na verdade,  Edilmo e Neusa já a conheciam, só que ha 29 anos atrás , então na verdade quem não a conhecia mesmo,  eram o Yuri e a Mariana .

Após tudo estar pronto, oferecemos de coração à Paulete a opção de ainda levarmos seus filhos e o Hugo, colega do Rodrigo. Eric , não teria jeito mesmo , pois ele teria uma aula de francês que seria imperdível, portanto depois ele tentaria ir com o tio, o Paulo. Percebemos que Paulete ficou   feliz de poder estar junto ao seu filho adolescente de 16 anos recém feitos , pegamos eles então no condomínio onde moram e pegamos a estrada sentido Barra de São Miguel .

Lá chegando, abrimos a casa e notamos que ela fica à beira do mar e que apesar de ser  simples, tinha duas suítes e todos os equipamentos para quem quisesse passar um fim de semana ou alguns dias, na verdade a casa fica na Marina da Barra , é um lugar muito lindo . Perguntamos a ela o que faremos , pois até então não sabíamos muito bem. Ela então informa que faremos um passeio de jangada até a praia do Gunga  , ficamos intrigados com esse termo , seria um barco de madeira , com vela e de tamanho bem diminuto? Que nada, era uma lanchinha  de pequeno porte , mas que conseguiria levar a todos. O piloteiro era o Sr. Cicero e fora ele,  estávamos em nove. Após todas as pessoas e as sacolas  colocadas na embarcação ,  rumamos então para o Gunga .

Ocorre , que até para nos agradar , seu Cicero, antes de chegar ao destino final, parou a lancha numa ilha de recifes que formavam uma piscina , só que a Silvia logo a desembarcar, pisou numa daquelas pedras molhadas , caiu abrindo as pernas e onde parecia que seu joelho havia virado para o lado contrário, eu estava descendo e vi a cena , que me preocupou. Fomos todos socorre-la  e depois de um tempo Silvia conseguiu levantar-se , porém era nítido que ela andava com bastante dificuldade . Acabamos logo com aquela parada e fomos para o Gunga , o Sr. Cicero iria nos deixar e depois de algumas horas voltaria para nos buscar. Pedi a ele um favor especial , que quando fosse voltar trouxesse de uma farmácia uma pomada de anti inflamatório. Silvia não estava reclamando muito , mas .....

Tentamos fazer com que o problema ocorrido não detonasse nosso passeio, nem a Silvia queria isso , então ficamos naquela praia maravilhosa , batendo papo e curtindo o mar . Foi um momento especial também,  para que eu e Paulete colocássemos o papo em dia , além disso,  todos participamos do papo. Ela me entregou uns santinhos de falecimento da sua mãe e pai e também comentamos sobre as festas que seus pais faziam , quando moravam em Santo André e onde eu  e ela dançávamos ou tentávamos , após combinarmos ser dois e um ou um e dois (passos). Na praia  além das tradicionais cervejas e vodka , comemos ostras , batata frita, macaxeira  e porção de isca de peixe, além de um tipo de peixe que agora não lembro o nome .


Atencioso total, Cicero , não esperou pela volta. Assim que voltou  para a Barra , foi a uma farmácia , comprou e trouxe a pomada . O filho da Paulete e o amigo , foram andar de quadriciclo e depois praticamente nós todos fomos tomar uma banho de mar. Quando estávamos dentro da água , o Hugo soltou uma pérola , que dificilmente esqueceríamos. Ele tem treze anos , seu sobrenome é Vilela , aí perguntei se ele teria parentesco com a família de políticos do falecido Teotônio Vilela, aí o rapazinho diz :  sou sim , mas eu sou um homem de bem, a gargalhada foi geral , muito simpáticos, tanto o Rodrigo, quanto o homem de bem.  Ainda na praia , Paulete recebeu um telefonema do irmão Paulo , avisando que tinha levado consigo o filho Eric dela e que estavam almoçando num bar da Barra, ela então pede que ele leve duas costelas de porco para nós .

Voltamos para a casa da Barra e lá encontramos então os dois , comemos um pouco da costela , embora já estivéssemos bem satisfeitos . Lá Eric conversa bastante com o Yuri sobre o "Ciência sem Fronteiras", que é um projeto que o filho do Edilmo quer fazer . O estado da Silvia me preocupa e embora sabendo que isso iria adiantar o término do passeio de todos , falei à ela que deveríamos ir a um hospital , só que a gente indo embora , todos os filhos, amigos  e a Paulete teriam que ir conosco , pois o Paulo não ia voltar para Maceió e dormiria lá na Barra . Nossos anfitriões então conversam e nos indicam que o melhor lugar , pois inclusive aquele dia era feriado (dia da consciência negra) seria a Santa Casa.

Antes de rumarmos para Maceió porém outro imprevisto aconteceu. Eu havia esquecido os faróis do carro acesos e abateria descarregou totalmente. Ainda bem que um rapaz chamado Marcos , que trabalhava numa oficina de barcos  do lado da casa  possuía cabos para fazer a famosa "chupeta" rsrsrsr. Em dez minutos estávamos prontos para partir .

Fomos em dois carros até chegar à Santa Casa  , o Eric foi de uma gentileza impar ao descer correndo do carro para buscar uma cadeira de rodas para a Silvia, logo depois disso Edilmo foi leva-los para casa  e ficamos com a paciente, eu,  a Neusa , o Yuri e a Mariana . Consulta feita , o médico diz que o melhor seria fazer uma ressonância em São Paulo , eles iriam imobilizar com faixa e deu injeção de anti inflamatório e analgésico , assim como também receitou  para comprarmos em comprimidos, o que fizemos assim que chegamos em Jatiúca .

Chegamos ao apartamento e tratamos de relaxar um pouco, enquanto a Silvia continuava a fazer compressas de gelo no joelho, medida essa  recomendada pelo médico. Já estava próximo das 21 hs  ,  aí começou a bater uma fominha em todo mundo e aí resolvemos que poderíamos aproveitar que desde o início queríamos  provar e conhecer o Bodega do Sertão , que sendo do lado do nosso prédio não exigiria muito esforço a Silvia e lá fomos nós . Chegando, fomos muito bem atendidos , por garçons e garçonetes caracterizados de Lampiões  e Marias Bonitas .

O restaurante  estava participando de um Festival de Bar do Brasil,  , tipo "comidas de boteco , aqui de São Paulo ", com uma iguaria que  tratava-se de uma espécie de temaki feito com tapioca, salmão cru , temperado com cream  cheese ou requeijão, dois no prato,um assado, outro pré cozido. Neusa fez um prato mais variado, com cuscuz de arroz , arroz de queijo, cuscuz de milho e outras , o Yuri pediu uma tapioca petit gateau , que é uma tapioca com banana ,  chocolate  e sorvete de creme . Tomamos cachacinhas Seleta e cervejas Stella Artois , tudo excelente . Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o restaurante e ver suas fotos é só entrar em www.bodegadosertao.com.br, podem se divertir .

Depois de todos esses acontecimentos do dia , só nos restava ir dormir e nos preparar para o nosso último dia em Maceió. Tenho que ressaltar a atenção que Paulo, Paulete e seus filhos nos deram e a assistência e preocupação que tiveram com Silvia o tempo todo. Inclusive , quando pensamos em ir ao Bodega, cogitamos de convidarmos a Paulete, porém notamos que já era bem tarde e o dia seguinte para nós ainda seria um dia de férias enquanto que para ela e o Paulo seria um dia normal  de trabalho, portanto acabamos por não querer incomodar .

O que nos reservará o último dia ?