quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Seguindo para a rota do vinho- São Roque e sua gastronomia - Capítulo 2 (final)

18/08/2018- Sábado - Eu e Silvia,  conhecendo um dos maiores restaurantes da rota  e outros lugares.


Acordamos e nos preparamos para tomar um gostoso café da manhã da pousada. Ao sairmos de nosso quarto com destino ao restaurante do hotel já percebemos que o dia de hoje (sábado) seria bem diferente , pois apesar de fazer um friozinho da manhã bem acentuado já tínhamos também a luminosidade do sol , que ontem teimava em não aparecer , isso significava que durante o dia a temperatura  deveria subir , configurando assim um dia mais agradável .para explorar e conhecer melhor a  região.

Então, antes de sairmos ,  após o café, dedicamos uma parte de nossa manhã a explorar e conhecer  melhor nossa pousada , então subimos até onde fica a piscina e a casa dos donos . O cheiro de mato molhado entrando em nossas narinas era delicioso e a paisagem fantástica , o dia realmente prometia .


Como ainda era cedo, antes de começarmos nossas descobertas gastronômicas fomos conhecer um pouco da região central de São Roque e após passarmos pela Igreja Matriz  e tirarmos uma foto, pudemos  constatar que centro realmente é caracterizado por : um comércio forte, ruas repletas de carros , vai e vem de pessoas apressadas e isso me deixou um pouco irritado , sendo assim rumamos novamente para a Estrada do Vinho e antes de almoçarmos fizemos duas paradas , uma  no local chamado Alcachofras Bonsucesso , que tem logo na entrada um local de venda de antiguidades bem interessante e uma grande plantação das alcachofras , que sempre foram uma paixão minha . Tiramos algumas fotos e nos dirigimos ao restaurante , onde há pratos à base de alcachofras e delas também em conservas , mas nada nos motivou a comprarmos alguma coisa , até porque não estamos ainda na época de colheita dessas delicias , que começa na primavera e vai até novembro .


                                                           Quinta do Olivardo 

Já  estávamos num horário propicio para o almoço e decidimos que hoje iríamos num restaurante português  e escolhemos um dos maiores,  a "Quinta do Olivardo", que é simplesmente imenso . Há ,
a área central do restaurante mais tradicional  e também  em torno  alguns quiosques onde são servidos mais  os petiscos  salgados e os  doces . Nós não estávamos dispostos a comer um prato comum,  como uma bacalhoada  por exemplo,  então nos alojamos em um desses quiosques  e  comemos : pastel de bacalhau , bolinho de bacalhau , uma porção de sardinhas fritas  e por fim pastéis de belém quentíssimos . Tudo isso regado à uma pequena dose de bagaceira e cerveja Stela . Após comermos,  fomos conhecer o restante da área , que consiste em um parreiral  que separam os dois restaurantes , sim, pois do lado contrário de onde estávamos , há um outro restaurante mais voltado para  servir carnes e inclusive o carro chefe é o porco no rolete , onde o chefe muito gentilmente nos explicou como é feito e um dos cozinheiros inclusive deixou-se fotografar com um porquinho já bem assado.

Ainda não tínhamos visto tudo , pois há uma imensa área de lazer com  lagos e pedalinhos, bolhas plásticas e arborismo, ainda de volta ao parreiral , tiramos fotos junto às estátuas  do Baco, que é na mitologia romana o deus do vinho e sua congênere feminina . Vale ressaltar que o parreiral também estava seco , pois a época da colheita das  uvas é de janeiro a março. Terminava então nosso almoço português , tudo tinha sido ótimo, sem ressalvas .

Saindo do Olivardo , fomos à um local próximo , que é a Destilaria Stoliskoff, pois a Silvia tinha visto uma mensagem da Nati, em que ela citava Gim, lá chegando degustamos alguns destilados , mas achamos que os preços não estavam  convidativos, principalmente o dessa bebida solicitada pela Natália , então resolvemos verificar  se outras vinícolas poderiam nos agradar .Passamos então dos "Vinhos XV de Novembro" , verificamos uma construção imensa ao seu lado e  soubemos que eles se mudarão para lá , no mais  degustamos vinhos  mas não compramos nenhum.Iríamos depois comprar mais alguns no Góes .

Nosso dia já tinha rendido bastante e estávamos cansados , sendo assim voltamos para a pousada para descansarmos  e assim à noite podermos curtir um pouquinho mais .

                                                   Nossa baladinha noturna 

Depois de termos descansado  e tomado um banho relaxante e  bem quentinho , nos arrumamos e em torno das 20:30 hs nos dirigimos à uns 600 mts de onde estávamos , ao  restaurante Vale do Vinho, que é a pizzaria em frente à Vinícola Goes , a noite estava fria porém bem menos que a anterior .Lá fomos muito bem atendidos e pedimos uma pizza de mussarela com alcachofra , que estava muito boa , logo que pedimos a comida , notamos que num salão ao lado de onde estávamos tinha um cantor e um violão , então nos mudamos para perto e ficamos curtindo  as músicas e eu até pedi "Eu sei que vou te amar ", de Vinicius e Tom Jobim , na hora ele não lembrava , mas ficou tentando até que conseguiu tocar e canta-la para nós. Fechávamos assim o nosso sábado , com chave de ouro e muito romantismo. 


                                                    Manhã de domingo  (19/08/2018)

Acordamos e decidimos que almoçaríamos ainda em nossa  casa , sendo assim tomamos nosso gostoso café da manhã  e fomos apenas conhecer melhor a "Vila Don Patto" , que é possivelmente maior ainda  que a Quinta do Olivardo e com certeza mais novo e moderno , Lá tem área de cervejaria, café, Boulangerie (que é padaria em francês) , um restaurante de massas e um português , uma enorme área de lazer para crianças  e tudo isso com um paisagismo e uma decoração de muitíssimo bom gosto. Estávamos enfim , nos despedindo da Estrada do Vinho , cujos dias prazerosos não esqueceremos . Com certeza voltaremos , pois o que é bom , deve ser revisitado .

Grande abraço a todos 
































































sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Seguindo para a rota do vinho- São Roque e sua gastronomia - Capítulo 1

17/08/2018- Sexta feira- Eu e Silvia, rumo à um passeio romântico e gastronômico -São Roque



Arrumamos novamente  nossas malas , mas dessa vez  seria pouca bagagem , pois seria uma viagem curta , tanto pela distância , como pelo número de dias em que lá ficaríamos , o que sabíamos ,  é que tínhamos de levar roupas de frio, pois quando saímos de São Caetano, em torno de 11 hs da manhã , estava muito frio e garoando e como lá é um clima de montanha estaria possivelmente mais frio ainda . 

Eu e Silvia estávamos realmente precisando de uns momentos de relaxamento   e distração e acabamos escolhendo  São Roque, por vários motivos , um deles é que há vários anos atrás já tínhamos feito alguns passeios para lá para fazer camping e até mesmo para levar nossas filhas , quando eram menores  para o Mountain Park ,  passeio esse  que fizemos junto com Verônica, Claudionor , Débora e Caio. Agora, para a rota do vinho nunca tínhamos ido, portanto estava aí a oportunidade .

São Roque , é uma cidade do interior de SP, que fica Macro região Paulista e na Micro região de Sorocaba ,  fica distante de São Caetano 83 Kms , tem 308 Km2 , uma população de 88.500 habitantes , uma cidade de clima sub tropical , fundada na metade do século XVII pelo bandeirante Vaz Guaçú.

Após percorrer por 1 hora e meia a rodovia Raposo Tavares, chegamos ao nosso destino e já nos encaminhamos para a estrada do vinho , devo lembrar que no dia 16 ( um dia antes de nossa ida) a cidade completou 356 anos e os festejos foram do dia 02 de Agosto até o dia oficial . Logo que chegamos percorremos um pouco da estrada e nesse momento apenas por curiosidade entramos  na Vila Don Pato, que é um conjunto de áreas de restaurante ( massas e comida portuguesa ) , lazer, padarias  e cantina.A área toda é simplesmente linda , muito grande, organizada  , com jardins maravilhosos , pequenos lagos repletos de carpas , cachoeiras artificiais , com muito espaço para crianças , adultos e veículos .

Saímos do Don Pato e voltamos para a estrada  e começamos a observar  a quantidade de Vinícolas e restaurantes , porém como estávamos com fome , rumamos direto para um restaurante  que nosso sobrinho Rodrigo havia nos indicado , que era  a Cantina Tia Lina , que fica no Km 10, 4 , bairro Canguera , é quase um dos últimos restaurantes, mas valeu a indicação . O espaço é muito grande , tanto de estacionamento,  como do próprio restaurante,  o atendimento é ótimo e a comida , ah, maravilhosa . Escolhemos como massa, um rondelli quatro queijos  com molho de alcachofra  e para acompanhar,  uma garrafa de vinho Góes  "Tempos" demi sec , que para minha surpresa estava muito bom, conhecemos inclusive a Tia Lina e seu filho e lá conhecemos um pouco da história do restaurante .

Agora, pegávamos novamente a estrada para procuramos um hotel ou pousada para ficarmos , passamos em frente a Vinícola Góes , não resistimos e paramos , para fazer degustação de vinhos e comprar alguns , acabamos comprando o mesmo que tomamos lá na Tia Lina , apreciamos um pouco das instalações da Góes , seus tonéis    e depois curtimos um pouco da área externa que é muito bonita, com um lago , área gramada e tiramos uma foto naquele barril que fica soltando um liquido vermelho como vinho, direto, ficou bem divertida a foto, nessa mesma área tem um restaurante  chamado Vale do Vinho , que descobrimos que à noite era pizzaria . Ainda iríamos visita-los .

Saindo novamente  pela estrada começamos a procurar um lugar para hospedagem . Fomos ao Pesqueiro Taquari, pois tínhamos visto que eles alugavam chalés. O lugar é lindo , tem  um lago enorme para pescaria , restaurante , os chalés e mais uma vasta área , o problema é que a locação ficava um pouco cara , pois a diária deles inclue horas de pescaria noturna e não queríamos nada de pescaria , mas vale a pena voltarmos outra vez para comer um peixinho.

Após mais duas tentativas escolhemos o nosso local , só que nessa altura do campeonato já  estávamos no começo da Estrada do Vinho , próximos à Rodovia Raposo Tavares , onde tínhamos ido conhecer os últimos chalés , que eu acabei não gostando , então já que estávamos por lá , fomos conhecer os "Vinhos Frank e restaurante", lá fizemos mais uma rodada de degustação de vinhos , mas acabamos comprando queijos e um salame com alho muito saboroso,  lá conversamos  com os donos do local , que foram muito atenciosos  querendo nos dar dicas de hospedagem no centro da cidade , mas o nosso coração já havia resolvido .

                                       Nosso lar temporário em terras São Roquenses

Já eram 17:30 hs e estávamos cansados , voltamos novamente pela estrada em direção à Vinicola Góes  onde uns 300 mts antes tem a entrada do " Restaurante e Pousada Don Rafaelle", onde fomos à tarde , muito bem atendidos pela Renata e à noite pelo Sr. Rafael , o lugar é muito acolhedor e encantador, o quarto limpo e bem amplo,  um lago e um quiosque muito lindos em frente à entrada e a parte do restaurante e dos quartos fica na parte superior do terreno, onde há pequenas  mesas  e uma área verde ,  com pés de mexericas e pinheiros , onde pudemos avistar esquilos .Enfim um local bem aprazível , com a vantagem , que mais tarde poderíamos usar aquela área contígua ao restaurante , que também tem algumas mesas e cadeiras para desfrutar  de momentos de romantismo propiciado pelo local, agora , após nos instalarmos no quarto, só queríamos deitar um pouco e descansar os corpos.

Em torno das 20:30 hs , resolvemos ir comer fora, rsrs, pegamos uma garrafa de vinho, duas taças , o salame e os queijos e fomos para aquela área que já mencionei, ao lado do restaurante , onde ficamos conversando , comendo ,  bebendo e nos olhando como dois adolescentes apaixonados , curtimos inclusive o som da buzina e do trem de carga que passa na estrada de ferro , que está muito próxima de nós . Lá pelas nove e pouco surgiu o Sr. Rafael , que ficou batendo papo conosco e nos contou de sua vida profissional em São Paulo na FIESP e da sua infância e adolescência no bairro da Moóca , ele também nos contou da luta de vários setores da cidade para a implantação de uma Maria Fumaça Turística que utilizaria a estrada de ferro já existente , porém entraves econômicos e burocráticos não conseguiram transformar ainda esse sonho em realidade .

Estava completo o nosso dia , agora era dormir , com muitas mantas e cobertores, pois o frio aliado ao  vento e garoa em um local que já é de clima de montanha tornavam a noite extremamente propicia para um casal apaixonado dormir agarradinho.