Arrumamos novamente nossas malas , mas dessa vez seria pouca bagagem , pois seria uma viagem curta , tanto pela distância , como pelo número de dias em que lá ficaríamos , o que sabíamos , é que tínhamos de levar roupas de frio, pois quando saímos de São Caetano, em torno de 11 hs da manhã , estava muito frio e garoando e como lá é um clima de montanha estaria possivelmente mais frio ainda .
Eu e Silvia estávamos realmente precisando de uns momentos de relaxamento e distração e acabamos escolhendo São Roque, por vários motivos , um deles é que há vários anos atrás já tínhamos feito alguns passeios para lá para fazer camping e até mesmo para levar nossas filhas , quando eram menores para o Mountain Park , passeio esse que fizemos junto com Verônica, Claudionor , Débora e Caio. Agora, para a rota do vinho nunca tínhamos ido, portanto estava aí a oportunidade .
São Roque , é uma cidade do interior de SP, que fica Macro região Paulista e na Micro região de Sorocaba , fica distante de São Caetano 83 Kms , tem 308 Km2 , uma população de 88.500 habitantes , uma cidade de clima sub tropical , fundada na metade do século XVII pelo bandeirante Vaz Guaçú.
Após percorrer por 1 hora e meia a rodovia Raposo Tavares, chegamos ao nosso destino e já nos encaminhamos para a estrada do vinho , devo lembrar que no dia 16 ( um dia antes de nossa ida) a cidade completou 356 anos e os festejos foram do dia 02 de Agosto até o dia oficial . Logo que chegamos percorremos um pouco da estrada e nesse momento apenas por curiosidade entramos na Vila Don Pato, que é um conjunto de áreas de restaurante ( massas e comida portuguesa ) , lazer, padarias e cantina.A área toda é simplesmente linda , muito grande, organizada , com jardins maravilhosos , pequenos lagos repletos de carpas , cachoeiras artificiais , com muito espaço para crianças , adultos e veículos .
Saímos do Don Pato e voltamos para a estrada e começamos a observar a quantidade de Vinícolas e restaurantes , porém como estávamos com fome , rumamos direto para um restaurante que nosso sobrinho Rodrigo havia nos indicado , que era a Cantina Tia Lina , que fica no Km 10, 4 , bairro Canguera , é quase um dos últimos restaurantes, mas valeu a indicação . O espaço é muito grande , tanto de estacionamento, como do próprio restaurante, o atendimento é ótimo e a comida , ah, maravilhosa . Escolhemos como massa, um rondelli quatro queijos com molho de alcachofra e para acompanhar, uma garrafa de vinho Góes "Tempos" demi sec , que para minha surpresa estava muito bom, conhecemos inclusive a Tia Lina e seu filho e lá conhecemos um pouco da história do restaurante .
Agora, pegávamos novamente a estrada para procuramos um hotel ou pousada para ficarmos , passamos em frente a Vinícola Góes , não resistimos e paramos , para fazer degustação de vinhos e comprar alguns , acabamos comprando o mesmo que tomamos lá na Tia Lina , apreciamos um pouco das instalações da Góes , seus tonéis e depois curtimos um pouco da área externa que é muito bonita, com um lago , área gramada e tiramos uma foto naquele barril que fica soltando um liquido vermelho como vinho, direto, ficou bem divertida a foto, nessa mesma área tem um restaurante chamado Vale do Vinho , que descobrimos que à noite era pizzaria . Ainda iríamos visita-los .
Saindo novamente pela estrada começamos a procurar um lugar para hospedagem . Fomos ao Pesqueiro Taquari, pois tínhamos visto que eles alugavam chalés. O lugar é lindo , tem um lago enorme para pescaria , restaurante , os chalés e mais uma vasta área , o problema é que a locação ficava um pouco cara , pois a diária deles inclue horas de pescaria noturna e não queríamos nada de pescaria , mas vale a pena voltarmos outra vez para comer um peixinho.
Após mais duas tentativas escolhemos o nosso local , só que nessa altura do campeonato já estávamos no começo da Estrada do Vinho , próximos à Rodovia Raposo Tavares , onde tínhamos ido conhecer os últimos chalés , que eu acabei não gostando , então já que estávamos por lá , fomos conhecer os "Vinhos Frank e restaurante", lá fizemos mais uma rodada de degustação de vinhos , mas acabamos comprando queijos e um salame com alho muito saboroso, lá conversamos com os donos do local , que foram muito atenciosos querendo nos dar dicas de hospedagem no centro da cidade , mas o nosso coração já havia resolvido .
Nosso lar temporário em terras São Roquenses
Já eram 17:30 hs e estávamos cansados , voltamos novamente pela estrada em direção à Vinicola Góes onde uns 300 mts antes tem a entrada do " Restaurante e Pousada Don Rafaelle", onde fomos à tarde , muito bem atendidos pela Renata e à noite pelo Sr. Rafael , o lugar é muito acolhedor e encantador, o quarto limpo e bem amplo, um lago e um quiosque muito lindos em frente à entrada e a parte do restaurante e dos quartos fica na parte superior do terreno, onde há pequenas mesas e uma área verde , com pés de mexericas e pinheiros , onde pudemos avistar esquilos .Enfim um local bem aprazível , com a vantagem , que mais tarde poderíamos usar aquela área contígua ao restaurante , que também tem algumas mesas e cadeiras para desfrutar de momentos de romantismo propiciado pelo local, agora , após nos instalarmos no quarto, só queríamos deitar um pouco e descansar os corpos.
Em torno das 20:30 hs , resolvemos ir comer fora, rsrs, pegamos uma garrafa de vinho, duas taças , o salame e os queijos e fomos para aquela área que já mencionei, ao lado do restaurante , onde ficamos conversando , comendo , bebendo e nos olhando como dois adolescentes apaixonados , curtimos inclusive o som da buzina e do trem de carga que passa na estrada de ferro , que está muito próxima de nós . Lá pelas nove e pouco surgiu o Sr. Rafael , que ficou batendo papo conosco e nos contou de sua vida profissional em São Paulo na FIESP e da sua infância e adolescência no bairro da Moóca , ele também nos contou da luta de vários setores da cidade para a implantação de uma Maria Fumaça Turística que utilizaria a estrada de ferro já existente , porém entraves econômicos e burocráticos não conseguiram transformar ainda esse sonho em realidade .
Estava completo o nosso dia , agora era dormir , com muitas mantas e cobertores, pois o frio aliado ao vento e garoa em um local que já é de clima de montanha tornavam a noite extremamente propicia para um casal apaixonado dormir agarradinho.
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