terça-feira, 10 de maio de 2016

Europa- Um sonho que se realiza - Paris, a cidade luz- Capítulo 14 e último (dessa viagem)

Autores: Fernando Turco e Débora Gonçalves Antelmo

02 de Agosto de 2009 - Domingo- Paris: capital da cultura, da arte e do romance, entre tantas coisas

Hoje seria o último dia de nosso passeio europeu, por isso talvez , houvesse um silêncio pairando em nossa mesa , no café da manhã . Ao mesmo tempo,  como não  deixar de ficar deslumbrados com tudo que tínhamos visto até agora , quantas novidades, novas informações , paisagens , pessoas , costumes e culturas diferentes e novas para nós tinham sido descortinadas , mas tudo tem seu fim e hoje seria o último dia de nossa viagem, pois amanhã de manhã o nosso ônibus nos levaria apenas ao  aeroporto de Orly , que é o segundo de Paris e fica 14 Kms ao sul da cidade luz e de lá estaríamos voltando para nosso país, para nossa cidade e para nossas casas, mas nossos corações certamente ficariam em terras europeias por um bom tempo  . Certamente estávamos com saudades de nossos filhos, filhas, irmãos, irmãs , mães,  pais  sobrinhos , cachorro, papagaio, etc, mas que dava uma dó de terminar essa viagem, isso dava.

Nosso dia hoje seria livre , portanto a primeira coisa que passou por nossa cabeça foi conhecer o Louvre , como a maioria dos membros da viagem pensaram a mesma coisa , o nosso ônibus  nos deixou praticamente em frente e de lá cada um poderia fazer o que quisesse .

Para se ter uma ideia da grandiosidade , esse museu é um dos maiores e mais famosos do mundo e em seu acervo ( mais de 380.000 itens)  há obras primas dos grandes artistas da Europa, como : Leonardo Da Vinci , Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens , entre as obras mais famosas podemos destacar a Mona Lisa , Vitória de Samotrácia e a Vênus de Milo entre tantas outras , um dos destaques  do museu é a parte do Egito antigo , outra consideração é que o Louvre é o museu mais visitado do mundo, em torno de 10 milhões  de visitantes ano.

Débora e Magrão quiseram rapidamente visitar o Palácio dos Inválidos antes do Louvre, sendo assim eles  nos encontrariam depois lá . Ingressos comprados , recebemos nossos "guias" auriculares  e começamos a nossa visita , o museu é muito grande e nosso deslumbre também . Após uma hora em que já estávamos lá Débora e Magrão juntaram-se de novo ao grupo. Após percorrer vários locais e ver obras de arte deslumbrantes, inclusive dando uma preferência para a ala egípcia , é uma viagem no tempo e na história .

                                              Finalmente Mona Lisa 

É  interessante o frisson  causado por essa obra, possivelmente a mais admirada do mundo, mas quando se está na ala da Mona Lisa é que se tem ideia do que ela representa para o mundo , o número de pessoas que ficam contemplando e tirando fotos da "senhora de Da Vinci" é impressionante. É permitido tirar  fotos no Louvre , não  se  pode utilizar flash e algumas  obras que ainda não caíram em domínio público  como as de Basquiat  são proibidas de serem fotografadas, mas no geral é tranquilo  . Seria impossível ver tudo do museu  em apenas um dia , mas quando foi em torno de 14:00 hs resolvemos sair do museu e almoçar  e era  visível em cada face o fascínio que aquela visita tinha nos causado. ,

Nesse momento nosso grupo era novamente dos 7 mosqueteiros e mosqueteiras , Eu,  Silvia, Débora , Magrão , Edilmo, Neusa e Patricia  e fomos  almoçar num Bistrô próximo ao Louvre , onde fomos atendidos por duas francesinhas muito simpáticas . Eram pratos feitos , mas com muito cuidado e saborosíssimos , o meu prato foi um frango grelhado desossado com um risoto de brócolis e as cervejas estavam deliciosas .

Agora era o  momento de conhecer Paris a pé , então fomos até o arco do Triunfo e de lá iniciamos um passeio pela famosa e charmosa Champs Élisées que é a avenida mais importante de Paris. Participei  um pouco do passeio , porém já estava cansado e quis ir para o hotel descansar um pouco . Silvia então fez algumas indicações para eu ir de metrô. Chegando à estação segui as instruções de minha queridinha e logo após a primeira estação percebi que estava tudo errado , voltei  à estação original e após um esforço de comunicação consegui descobrir qual seria a linha certa e aí tudo foi tranquilo.

Depois fiquei sabendo que nosso grupo percorreu toda a longa avenida entrando em várias lojas e cafés, tendo inclusive encontrado por lá o simpático casal , Marcio e Mônica . Fiquei a par que nosso amigo Magrão num desses cafés ficou zangado  por achar que a garçonete o  tinha atendido mal e disse "desse jeito não volto mais aqui",  rsrsrsrs .  Depois quando foram para  a estação do Metrô para ir ao hotel , Silvia percebeu o erro na indicação para mim e comentou com todos " para aonde eu mandei o Fernando" , mas eu já estava no hotel são e salvo.

Outro folclore , os técnicos da empresa em que Silvia trabalha haviam garantido que tinham instalado um software em seu telefone e que dessa forma poderíamos ligar para o Brasil a vontade que nada pagaríamos , então foi uma festa , todo mundo ligava para os seus ,  a coisa só perdeu a a graça quando já em terras brasilis recebemos  a conta , mas Silvia entendeu que o erro foi dela e dos "técnicos" e portanto esse prejuízo seria nosso.

                                                     Passeio romântico no Sena 

Após um breve descanso , tornamos a pegar o metrô e fomos para o Rio Sena ao lado da Torre Eiffel onde contrataríamos o famoso passeio de Bateau Mouche  pelo rio. O fim de tarde já estava bem friozinho e em alguns momentos até garoava  um pouco , mas nada tiraria o brilho daquele passeio que fizemos no Rio Sena . Nós fomos na parte  de cima do barco, que é toda descoberta , mas aquele vento batendo em nossos rostos foi ótimo , como se quisesse nos acordar de um sonho. O serviço sonoro do barco em francês e inglês ia nos mostrando conforme as pontes passavam onde estávamos , então foi identificando a Igreja de Notre Dame, o Palácio dos Inválidos , enfim , um passeio maravilhoso , sem contar que em uma determinada ponte os apaixonados devem se beijar para serem felizes para sempre, todos beijamos seus respectivos pares  , menos a Patricia , mas certamente isso não a impedirá de ser muito feliz , pois ela é uma pessoa  maravilhosa e merece .

                                                          A Torre 

Conforme anoiteceu pudemos contemplar ao longo do rio a majestática Torre Eiffel toda iluminada, é um espetáculo à parte . Terminado o passeio de Bateau Mouche fomos rapidamente comprar os ingressos para subir à Torre e por pouco não ficamos sem essa,  pois conseguimos para o último horário, que fora engano era às 21 hs . Fomos até a primeira etapa da subida da Torre , a garoa fina e gelada já castigava mais  embora nada pudesse tirar o deslumbre que tivemos em ver Paris à noite e do alto, é simplesmente maravilhoso. Após contemplarmos por um tempo,  era a hora de ir embora e havia fila nos elevadores e foi aí que aconteceu uma coisa bizarra . Até hoje , eu não sei se foi brincadeira dela ou não , a verdade é que a Débora vendo a fila do elevador falou que aquilo era um programa de índio,  Edilmo que, muitas vezes não tem muita tolerância ficou enfurecido com o comentário e nós outros , mais a Neusa tivemos que intervir , para a coisa não ganhar maiores proporções . Depois de meia hora tudo estaria esquecido.

Saímos da Torre percorremos o jardim do outro lado do Sena  e avistamos um restaurante muito simpático onde fomos fazer nosso último jantar parisiense . Tomamos espumantes além de cervejas e brindamos muito àquele dia maravilhoso e ao nosso passeio no geral , a ficha estava caindo .Na manhã seguinte estaríamos voltando para casa , mas certamente diferentes, mais cultos, mais sensíveis ,  com mais informações e entendendo um pouco melhor o jeito de ser de outros povos .

Como já era tarde , pegamos dois táxis para voltar ao hotel , onde deveríamos deixar as malas prontas para não perder tempo na manhã seguinte , terminava aqui mais uma aventura da viagem , mas não tenham dúvidas , outras virão e farei questão de relatar com a mesma paixão que relatei essa . Abraços franceses e parisienses  a todos .