26 de Julho de 2009- Domingo - De Veneza a Florença , quantas belezas inigualáveis
Antes de Veneza, médicos em ação- Chama o Dr. House
Saímos de manhã já com as malas e seguimos para a visita à Veneza , tão sonhada .No caminho a pedido de Silvia, Miguel perguntou se havia algum médico no grupo, ninguém se manifestou até ele explicar o motivo, então se apresentaram , Dr. Plinio , sua filha Juliana, ele já um médico experiente ,ela recém formada, ambos porém muito atenciosos , constataram que o Edilmo estava com conjuntivite , essa aproximação por necessidade acabou transformando-nos em parceiros de viagem.
Veneza ou Venezia em italiano é uma cidade de 270.000 habitantes e é formada por 177 canais , 400 pontes e 118 ilhas . Já foi uma das cidades mais importantes da Europa , principalmente a partir do século X em que é vista como potencia comercial . O historiador Fernand Brandel classificou Veneza como a primeira capital econômica do capitalismo.
Nessa cidade nasceram vários Papas, além de numerosos artistas e arquitetos , como: Antonio Vivarini, Antonio da Ponte , Tintoretto, Caneletto e Antonio Vivaldi.
Pegamos o Vaporeto para a Veneza , dos canais e das gôndolas . Plinio passou para o Edilmo uma receita de um colírio específico para o caso , Logo que chegamos , fomos procurar uma farmácia e qual foi a nossa surpresa quando Dr. Plinio aparece e diz que iria conosco , a simpática família era composta por ele, sua esposa Miriam e sua filha Juliana ( os Freire ) .
Veneza é na verdade a junção que foi feita de diversas pequenas ilhas que foram se expandindo através de estacas de madeira que iam até o fundo do mar e que foram petrificadas pela ação da água salgada do mar . Veneza começa já hoje a ter infiltrações , inclusive na igreja São Marcos , na época de chuvas o nível da água tem subido tanto que já é quase comum acontecerem inundações na Praça São Marcos , ou Piazza SanMarco Nessa cidade morreu o Papa João XXIII, a cidade é hoje "Patrimonio da Humanidade" e onde hoje se realiza o Festival de Cinema de Veneza.
A Praça São Marco tem a forma de trapézio e utilizou 1500 toneladas de mármore branco, tem mais de 600 anos e é uma patrimônio privado, pertencendo a 2 generais No fundo dessa praça tem palácio de Napoleão. Nesse passeio quem nos guiava era uma mulher , muito culta , mas que infelizmente não lembramos o nome.
Em pouco tempo a guia nos levava à loja e fabricação de cristais "Murano", onde as meninas quiseram assistir a demonstração de um artesão que ao lado de um forno construiu um cisne , nós os homens preferimos esperar ,do lado de fora tomando um cafézinho de 3 Euros , que a Débora fez questão de brigar com o Magrão por achar muito caro.
As gôndolas
Depois disso andamos pelas ruas , mas não entramos em nenhum monumento, a cidade estava muito lotada e Miguel nos aguardava para o passeio de gôndola que era contratado lá na hora . Para cada barco ele havia comprado um frisante e copos de acrílico para brindarmos o momento . Silvia ficou meio chateada quando percebeu que o nosso gondoleiro não era daqueles que ficava cantando as músicas italianas , mas isso não tirou o brilho do passeio , pois embora ele não cantasse , nos mostrou vários pontos importantes , onde só se chega de embarcação , como a casa onde Mozart viveu, a casa de Maria Callas e o teatro onde ela mais se apresentava .
Magrão cantou "A canoa virou" e se levantou no barco, quase causando um acidente , nesse passeio a Patricia foi com os Freire e também se divertiu como nós , mesmo o nosso gondoleiro não cantando, tem um momento em que as embarcações ficam todas muito perto umas das outras e aí pudemos apreciar "Il sole mio" sendo cantada pelo outro gondoleiro ( em que estavam Patricia e os Freire) e aí foi um deleite .
O boné de capitão de barco do Leopoldo
Terminado esse passeio saímos felizes e continuamos nossa caminhada, agora em busca de um lugar para almoçar . A comida foi razoável , mas o atendimento do garçom péssimo, aliás até agora tivemos poucas experiências boas com esses profissionais , deveríamos exportar nossos garçons para dar treinamento aos seus congêneres europeus , continuamos nossa caminhada e encontramos barracas interessantes , desde aquelas que vendem as lindíssimas máscaras para o carnaval Veneziano e depois achamos uma de chapéus e bonés, o vendedor era bastante simpático, após o Edilmo escolher um boné para ele também achou um boné de capitão de barco em que na hora todos nós visualizamos o Leopoldo, que é nosso amigo da Ilha Bela , que na época ainda tinha barco, ao tentarmos regatear preço , dizendo que era para nosso amigo , o vendedor que já tinha ouvido o nome falou" O Leopoldo é amigo de vocês , não meu". Ele acabou não nos dando desconto , mas deu um postal de presente para não ficarmos magoados .
Por fim visitamos mais lojas da Praça San Marco e provamos o tão famoso sorvete de Veneza , o passeio estava completo e aí fomos ao encontro do grupo para pegarmos o vaporeto de volta ao continente e embarcarmos em nosso ônibus rumo à Florença ( ou Firenze em italiano) que fica a 290 kms de distância
Rumo à Florença
Partimos para Firenze acompanhados da exuberância da região de Bolonha ( ou Bologna ), cidade de muitas Universidades e uma das capitais culturais da Itália , tendo em torno de 390.000 habitantes. Nesse momento Débora começa a conversar e fazer amizade com um casal de recém casados de Brasilia , o quarto deles era chamado de "treme treme".
Passamos pelos Apeninos, espinha dorsal da Itália , 1500 kms de extensão, região das cidades mais antigas e importantes, à esquerda da Toscana tem as cidades de Firenze, Siena e Assis. Finalmente chegamos à Florença , nos instalamos no Hotel, tomamos um belo e relaxante banho e nos encontramos todos no saguão do hotel, que para variar ficava na região periférica da cidade
Pegamos informação com outros hóspedes na portaria e resolvemos que iríamos a uma Pizzaria , foi nesse momento que se aproximaram de nós o casal de Belo Horizonte ( Orsini e Vânia ) , embora eles já tivessem jantado, resolveram passear e ir conosco. Chegamos nesse restaurante , não sem antes passar por várias ruas que nos mostravam que estávamos numa região do baixo meretrício , na pizzaria é que percebemos qua em alguns lugares a pizza é boa, ela é diferente do que estamos acostumados , parece que os italianos dão valor ao molho e à massa e nós estamos acostumados a dar mais valor ao recheio.
Ainda no restaurante fomos abordados por 3 chicas, latinas que estavam na mesma excursão , só que pela Europa Mundo, então normalmente eles iam em outro ônibus , as jovens colombianas , chilenas e argentinas foram rapidamente acolhidas por nós , pois elas estavam receosas de pegar aqueles caminhos sozinhas .
Nem é preciso dizer que no afã de acertar erramos várias vezes o caminho e ficamos andando por quase 1 hora até finalmente acharmos o Hotel e pedimos às Chicas que não falassem nada para seus pais sobre esse pequeno deslize. Já eram duas horas da manhã e aí resolvemos dormir e nos preparar para o dia de amanhã que será bárbaro, pois conheceremos melhor Florença de Dante Alighieri e Leonardo Da Vinci.
