terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Rumo às águas quentes de Maceió- AL- Capítulo 6

19/11/2014- Quarta feira - Navegando para a foz do Velho Chico ( passeio fantástico) , à noite Jatiúca.  

Acordamos um pouco depois das 6 hs da manhã , todo mundo estava um pouco preguiçoso, mas tínhamos o compromisso de chegar em Piaçabuçu às 9 hs . Acabamos saindo do apartamento sete e pouco. Nos encaminhamos para a estrada que vai para lá , que é a AL  101. Porém percebemos que nossa viagem teria em torno de 150 km e dessa forma seria muito difícil fazermos o percurso em uma hora e meia como havia sido pensado, mesmo com a estrada boa, que em muitos momentos nos permitia realizar 100 , até 120 km por hora , chegar no horário seria difícil , pois  em compensação,  nos trechos urbanos a velocidade caia bastante . A estrada é a mesma que se percorre para ir  para o Estado de Sergipe  e para Penedo que embora seja uma cidade alagoana fica bem na divisa .

O caminho da ida é maravilhoso , com várias fazendas de coqueirais e palmeiras , inclusive,  a cidade de Piaçabuçu é a considerada a capital alagoana das palmeiras . No caminho  passamos pela famosa praia  do Gunga que amanhã iremos visitar . Chegamos atrasados, temerários de ter perdido a embarcação, mas para nossa sorte , as Escunas só saem depois que os ônibus da CVC  , chegam com seus turistas de excursão. Após esse alívio , conhecemos o Sérgio , que seria o contato entre o Paulo Cerqueira , o Valdemar e nós . O nome do restaurante de onde saiam as embarcações é Maraná  e o lugar é muito simpático.

Piaçabuçu é um simpática cidadezinha do sul do Estado de Alagoas ,  com 19.000 habitantes , onde vive-se  principalmente do turismo e da pesca. As escunas tem dois andares : a parte de baixo e a superior . Como chegamos cedo , vamos para a parte de cima da embarcação e depois de uns 20 minutos estamos prontos para seguir o passeio. Todos os turistas estavam bem animados e após as apresentações iniciais , os guias , que se auto denominam " informantes" , falaram algumas pérolas , mas uma particularmente eu não esquecerei nunca mais . Como eles sabiam que a maioria dos turistas eram paulistas , disseram que era importante que nós desestrecionássemos  (tirar o estress), achei o máximo. A escuna adentrou no Rio São Francisco, sempre com muita música ambiente (forró) e com bar a bordo que servia de tudo.

No caminho o informante nos diz que o rio foi descoberto em 1501 , pelo navegador florentino Américo Vespúcio , que devido a ser muito católico, batizou o rio com o nome do santo . A nascente do velho Chico é na serra da Canastra , no município de São Roque de Minas , centro oeste de Minas Gerais , ele tem 2814 Km , atravessa 5 estados e 521 municípios, é portanto o maior rio genuinamente brasileiro.

Depois de navegar por uma hora , mais ou menos , vamos nos aproximando da foz do São Francisco, que é o encontro do rio e o mar. No caminho o informante nos fala sobre os problemas do rio, oriundos da ocupação  desordenada das margens, mas mesmo assim notamos  que a água é bastante  cristalina . Chegando à prainha , onde o barco ancoraria , descemos.A idéia é podermos ver o que os comerciantes locais oferecem de típico em suas barracas  e depois o informante nos mostraria as dunas , eu até comentei com a Silvia,  ainda antes de descer do barco, que aquele local parecia o cenário de Tieta do Agreste . O tempo indicado pelo guia para ficar em terra seria de 1 hora .

Ninguém porém poderia imaginar, que logo após desembarcarmos começaria uma chuva torrencial , que comprometeria toda a parte do nosso passeio em terra , inclusive voltamos para a escuna antes do horário. Silvia e Neusa , ainda insistiram em tentar ver alguma coisa das barracas (Silvia queria uma decoração para o nosso apartamento da praia). Mariana e Yuri , ficaram na água nadando bem ali  ao lado do barco.

Após essa parte um pouco frustrante , o guia chama todos a voltarem a embarcação para iniciarmos nosso caminho de volta , a chuva continuava castigando, apesar disso a animação continuava , colocaram os forrós e os informantes anunciaram um concurso de forró, com cocadas como prêmio, um deles até tirou a Mariana para dançar, acabarei zoando ela bastante por causa disso .

Do meio da volta,  em diante a chuva cessou , o que trouxe mais alívio para todos . Já estávamos perto do local de desembarque , pois já eram  quase duas horas da tarde . O almoço era  no esquema self service e tinha de tudo, carnes, peixes , bobó de camarão , quase todo mundo  fez dois pratos . Depois tiramos várias fotos do local, inclusive aquelas divertidas , em que se põe a cabeça no corpo de Lampião e Maria Bonita , tiramos quase todos, menos Mariana e Yuri.

Ficamos tão contentes com o passeio , que o Edilmo entregou um valor  de caixinha para o Sérgio , que depois iremos dividir e que foi merecido . Pegamos os carros e começamos o caminho de volta para Maceió. Novamente as mulheres queriam mais uma vez ir na feira de artesanato e os homens foram para o apartamento. Banhos tomados , logo as mulheres chegam também e fomos fazer um passeio a pé pelo calçadão à beira da praia de Jatiúca . Após uma caminhada , passamos por um desses grandes quiosques de praia chamado "Barraca da Lagosta do Chefe", estava tocando música (MPB) , ao vivo, fomos atendidos pelo dono, um improvável argentino muito simpático (brincadeira), lá curtimos  música, porções de isca de peixe  e de carne (filé) e tomamos cervejas e sucos.

Foi tudo muito agradável , voltamos ao apartamento , pois amanhã iremos na casa do Paulo  em Barra de São Miguel , junto com a Paulete  e quem sabe mais alguém ...........































































    

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