02/11/2016 - Feriado de finados - Viajando novamente - Rumo à maravilhas inimagináveis - Cap.1
Nessa viagem estaremos só eu e Silvia , pois embora tardiamente ( pois deveríamos ter feito isso há mais tempo) esse passeio nos marcará para o resto de nossas vidas .
Quarta feira , acordamos e após terminarmos de arrumar os últimos detalhes de bagagem para a viagem e tomarmos um rápido café da manhã, chamamos um UBER que irá nos levar até o aeroporto internacional de Guarulhos , onde partiremos no voo 3169 rumo a cidade de Foz do Iguaçu. O voo teve algumas turbulências na ida , mas nada que assustasse. Chegamos em Foz em torno de 11:40 hs ( 1 hora e 20 min. de viagem ).
Foz de Iguaçu é um município brasileiro do estado do Paraná , distante 643 Kms da capital do Estado, Curitiba, tem 263.782 habitantes e uma área de 617,701 Km2 dos quais 61,200 Km2 estão em perímetro urbano. A cidade é o segundo destino do país mais procurado pelos turistas e faz parte da tríplice fronteira ( Brasil, Argentina e Paraguai ), sendo as cidades fronteiriças dos outros países, Puerto Iguazú na Argentina e Ciudad Del Leste no Paraguai.
Conhecida internacionalmente pelas Cataratas do Iguaçu, uma das vencedoras do concurso que escolheu as 7 maravilhas da natureza e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em tamanho e primeira em geração de energia , que em 1996 foi considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis, Foz além de tudo é uma cidade muito agradável, com ruas e avenidas largas, é muito arborizada e possui um povo muito acolhedor, afetuoso e atencioso.
Bem, voltando à nossa chegada , ainda no aeroporto , percebemos que poderíamos deixar de gastar um bom dinheiro de táxi (obs: lá ainda não há UBER) , pois o transporte coletivo é eficiente , não é muito lotado e o ônibus nos deixaria à 30 mts do nosso Hostel , o " Che lagarto " , inicialmente eu estava meio cismado com essa história de Hostel, porém chegando lá todas as dúvidas se desanuviaram , o Che fica na Avenida Juscelino Kubitschek, 874, bem no centro de Foz, é um prédio de 8 andares de suítes mais um de terraço onde fica a jacuzzi de adultos e a piscina infantil, há suítes compartilhadas e individuais , além de cozinha compartilhada também.
Logo na recepção , somos atendidos por um pessoal muito jovem , mas todos muito alegres, atenciosos e descolados . A primeira pessoa que nos recebeu foi a Gabi, uma graça de garota , que providenciou os nossos cartões para abertura da nossa suíte que seria a 811, chegando lá fomos tomados por uma boa surpresa, o quarto extremamente amplo, banheiro idem , bem arejado , TV grande , ar condicionado funcionando bem e um frigobar, tudo em perfeitas condições.
Em função de uma dica da recepcionista , que naquele momento já não era a Gabi, mas sim a Bruna, outra graça de garota , cuja marca era o cabelo vermelho, que nos indicou uma enorme padaria que ficava a um quarteirão e meio do Che, onde a comida é boa e não é cara (por quilo), fomos então até lá e no caminho notamos que apesar de estarmos no centro da cidade , tudo estava bem vazio e fechado e calmo, pois é finados . Após saciarmos nossa fome , voltamos à nossa suíte e descansamos por uns 40 minutos.
Em terras de Los hermanos
Após mais algumas dicas da recepção, voltamos para a rua e atravessando em frente ao Hostel pegamos o coletivo que nos levaria para o lado argentino. Pouco antes da alfândega , avistamos o Duty Free e para minha surpresa Silvia não fez nenhuma menção de querer ir lá, ufa, que bom. Atravessando a divisa , chegamos à alfândega , onde todos temos que descer para apresentamos nossos documentos (RGs), feito isso retornamos ao coletivo que nos deixa no centro de Puerto Iguazu, lá teremos que aprender a dividir tudo por 4 , pois os preços em Pesos Argentinos tem que ser divididos para saber o valor em Reais .
A cidade tem muitas lojas, bares e restaurantes, mas a principal atração é a chamada Feirinha que basicamente vende , vinhos, azeitonas , queijos e azeites . Depois de muito regatear preços, conseguimos comprar alguns desses itens e depois, para relaxar paramos num desses barzinhos e tomamos 1 cerveja da Patagônia vermelha maravilhosa e 1 porção de frios , Silvia também aproveitou e pediu uma empanada argentina, que segundo ela estava maravilhosa . Naquele momento foi que percebi que meu celular e meu relógio de pulso estavam em descompasso , pois meu relógio marcava 17 hs e o celular 16hs , lembrei que na Argentina não havia horário de verão e que o último coletivo de volta à Foz saia às 18:30 hs , mas no horário local .
Como compramos queijo e azeitonas para levarmos para comer em nosso quarto do hotel, perguntei à vendedora se não havia problema na alfândega argentina, pois há países que não permitem que se transite produtos alimentícios de um para o outro e ela claramente me respondeu : que jamais haveria esse tipo de problema pois a cidade e a feirinha dependiam dos brasileiros , fiquei até um pouco orgulhoso.
Voltando ao Brasil , rsrsrs
Um detalhe que estava esquecendo , esse trajeto entre uma cidade e outra , leva de 30 a 40 minutos, não mais que isso, não voltamos direto para o Hostel, fomos ao Supermercado Muffato , que dista uns 3 quarteirões do Che Lagarto e lá compramos alguns itens para abastecer nosso frigobar: cervejas, água , algumas frutas e barras de cereais . Nem preciso falar que nessa altura do campeonato , a mochila que carregávamos estava bem mais pesada e agora ainda havia as sacolas do Super , mas em passeio tudo vale, não é mesmo ?
Chegando em nossa suite, arrumamos as coisas no frigobar e como as cervejas ainda demorariam para gelar descemos ao bar do Hostel que fica no primeiro andar quando o tempo não está super bom, pois em dia bom o bar é montado na cobertura , onde fica a jacuzzi , a partir do próximo dia estará lá, hoje não. Ainda , antes de descermos ao bar, olhamos pela janela de nosso quarto que tinha vista para a frente do prédio e pudemos vislumbrar um dos mais lindos por do sol que já pudemos contemplar , o final do dia já estava se mostrando maravilhoso .
Bem, chegando ao bar , encontramos o atendente ou Barman, que é um jovem de 20 anos chamado Bernardo, super expansivo e maduro para a idade , logo se entrosou com a gente e em pouco tempo parecia que nos conhecíamos há muito tempo, ele nos deu muitas informações sobre a cidade e até levou um papo cabeça conosco sobre a pressa que caracteriza as pessoas de hoje , também falou um pouco sobre a Rede do Hostel que tem em várias cidades do Brasil e no exterior também, Eu tive uma curiosidade, pois percebi um número muito grande de mulheres muçulmanas que vi pela cidade e aí ele me explica que a colonia árabe representa em torno de 20 % da população da cidade e que eles são atraídos pelas possibilidades de negócios na tríplice fronteira . Após algumas long necks , resolvemos descansar , pois já tínhamos feito muita coisa por um dia . Despedi-mo-nos de Bernardo e subimos .
Amanhã será um dia para aguçar os sentidos e sentir muita adrenalina
Algumas fotos do primeiro dia , porém as dos próximos serão de arrasar :
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