Eu e a Silvia já tínhamos feito nossas malas na noite anterior (sexta-feira) , porém como eu tive novamente um acidente com meu dente , tive que logo cedinho (já no sábado), ir ao Celso dentista e arrumar o buraquinho que aparecia em meus dentes da frente . Enquanto isso , Silvia tomava últimas providências em relação a deixar a casa organizada para nossas meninas .Feito isso rumamos a buscar o casal de amigos e compadres , Edilmo e Neusa que dividiriam conosco , os prazeres que teríamos nesse final de semana.
Rumamos para o condomínio onde moram , os apanhamos e seguimos para o destino. Porém fizemos um pequeno pit stop para um café , numa padaria do Riacho Grande . Isso terminado, rumamos para a estrada Caminho do Mar , para em seguida pegar a Rodovia Índio Tibiriçá , entrando sentido Rio Grande da Serra e em seguida , caminho para Paranapicaba . Quem estava indo, apenas para o festival, tinha que deixar o carro em um bolsão , ainda na estrada e pegar um ônibus específico para a Vila. Caso o veículo , como o nosso, estivesse se destinando a uma pousada já contratada , então poderia seguir até o destino final , ou seja , dentro da Vila .
Lá chegando fomos recebido por Pedro , que é o esposo da Zélia, que dá o nome à pousada , que também se chama Pousada dos Memorialistas , mas todo mundo conhece como Pousada da Zélia .
Descarregamos as malas e conhecemos nossos quartos , muito bons por sinal, a única coisa que me assustava era a história do banheiro ser coletivo, mais para frente , meus temores se mostrariam verdadeiros.
Um antro de petistas
Digo isso , sem nenhum preconceito É que, assim que colocamos os pés na rua , as primeiras pessoas que encontramos foram : Alberto , que é secretário de planejamento do governo Grana , de Santo André e Pepe , que é o Presidente do Instituto Acqua . Boas pessoas para conversar , depois ainda conheceríamos a Ana , esposa do Pepe e Vitor , filho dos dois. Enfim, bom grupo, muito bom humor e vontade de curtir cultura . O Alberto é governista demais para o meu gosto , mas até é compreensível.
Após fazermos uma caminhada pela Vila , já começamos a respirar aquele ambiente cultural, além da paisagem indescritível , pois já estamos praticamente na serra do mar e o verde em torno do sub distrito é muito lindo.
Patrimônio Histórico Nacional
Paranapiacaba é tombada pelo município, estado e união e já estávamos travando uma discussão a repeito do projeto de restauro total da Vila, que já conta inclusive, com orçamento assegurado.
Manja que te fa bene
Paramos em uma grande tenda , que é o Centro Gastronômico e que conta com várias tendas de restaurantes conhecidos no ABC e que lá se instalaram para atender aos curtidores do festival. Conseguimos uma mesa para todos e cada um foi consumir o que lhe interessava mais . Silvia pegou um tempurá e eu uma paella mineira, ou seja , no lugar dos frutos do mar, muita linguiça, carne de boi e de frango, estava uma delícia.
Terminados os comes e bebes, fomos assistir nossa primeira atividade musical que foi no Clube Lyra , com o Grupo Seresteiros , que apresentaram um repertório em homenagem ao centenário de Dorival Caymi,. Achei o conjunto de vozes muito bom e musicalmente os achei competentes .
Saindo do Lyra , fomos à Praça do Mercado curtir show do Simoninha , justamente com homenagem à Wilson Simonal, também bastante competente e dono de uma voz que lembra bastante o pai.
Às 18 hs voltamos ao Lyra para a última atração musical do dia , que foi Mônica Salmaso e o pianista André Mehmari, repertório também baseado na obra de Caymi, show excelente.
Mesmo sendo tão bons, não pudemos deixar de fazer algumas brincadeiras , como , estar enjoado, pois as músicas de Caymi, tem como tema , em grande parte , a vida dos pescadores, então fala muito de jangada , de mar e de pesca, é genial, mas é muito isso.
A noite é sempre boa
Resolvemos ir para o restaurante anexo à pousada da Zélia , que embora pertença à ela, tem outro nome , que é "La Bodeguita", muito bonito o lugar. O Pepe tinha alguns petiscos que comprara em um super, assim como algumas garrafas de vinho chileno. Edilmo foi consultar o Pedro para ver se não teria problema consumirmos essas coisas em seu estabelecimento. Não tendo o Pedro se oposto, entregamo-nos à deliciosa tarefa da degustação. Então no grupo estávamos: eu e Silvia, Edilmo e Neusa , Pepe, Ana e Vitor , Ney , que é Presidente do Sama, também integrou o grupo e por fim Alberto e Silmara , que é secretária dos direitos da mulher de Santo André e que lá estava , com um grupo realizando um trabalho específico sobre essa questão de gênero.
Alguns como eu , não quiseram vinho e caíram na cerveja . O problema foi quando resolvemos jantar e pedimos um prato. A espera foi muito grande e irritante e aí veio uma conversa extremamente fútil , se era válido ou não esse jeito slow (devagar) food , do local . Vitor , como é um garotão de 19 anos faminto, não quis saber , saiu e foi comer em um self service , alí perto.
Estava na hora de dormir , pois amanhã ainda teríamos um dia de muitas atividades . Subindo para o andar dos quartos , tive que esperar uma meia hora , para poder usar o banheiro. Depois nos enfiamos embaixo dos lençóis e endredons , para dormir bem aquecidos , pois à noite em Paranapicaba , no inverno, o frio é cruel .
Amanhã domingo, tem mais
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