sexta-feira, 5 de maio de 2017

Conhecendo a Ilha de Fidel e outros paraísos caribenhos - Capitulo 3

06/04/2017- Quinta feira- Despedimo-nos de Varadero e nesse mesmo dia já tivemos um pouco de Havana.


Estávamos apaixonados por Varadero e seus encantos  e tristemente já íamos admitindo que essa parte formidável do passeio estava terminando, inclusive já havíamos até verificado qual seria o horário de checkout (12 hs) e a possibilidade de estende-lo por mais umas três horas . E aí a terrível conclusão: pagando-se , tudo pode e aí seriam 30 CUCs a mais , por quarto.

Após nosso café da manhã , resolvemos  que hoje curtiríamos a praia , então demos um jeito de arrumar pelo menos duas espreguiçadeiras , pois no hotel todo,  muitos hóspedes tinham o horrível hábito de deixar as toalhas de piscinas reservando as cadeiras e aí  após verificar isso , fomos saber como eram os passeios. Quem já  era hóspede do hotel tinha o direito de fazer gratuitamente um passeio de meia hora de catamarã e mais meia hora de pedalinho , se quisesse alugar snorkel e máscara teria que pagar taxa extra. Resolvemos fazer os passeios gratuitos e  foi  uma boa decisão.

O  homem que tomava conta desses passeios  foi muito simpático e lá fomos nós de Catamarã, o rapaz que levou nosso barco foi muito legal  e no meio do passeio , nos  contou que tem um irmão médico, que veio para o Brasil, através do programa do governo federal "mais médicos" e que se casou com uma brasileira , residindo hoje em nosso país .

Nem preciso dizer , que esse passeio foi fantástico, pois pudemos constatar, que mesmo nos afastando 400 metros mar  adentro , o mar mantinha a mesma cor, a mesma transparência e mesmo em um ponto já bem fundo , podíamos ver ,  principalmente quando lá havia alguma coisa, tipo , um toco de madeira .

Logo a seguir , foi a vez do pedalinho e aí as mulheres se esbaldaram , pois esse quase brinquedo tem duas cadeiras na frente para pedalar e atrás  de cada  uma  delas, um local para sentar ou simplesmente deitar e pegar um bronze . Nem  preciso dizer que eu e o José Carlos pedalamos , enquanto Silvia e Sandra tomavam um relaxante banho de sol, as duas acompanhadas de mojitos que antes de entrarmos no mar elas tinham pego no bar do hotel  que fica dentro da praia . Demos muitas risadas  e foi um momento muito legal do passeio.

Terminados os passeios marinhos , relaxamos mais um pouco  na praia , embalados pelos mojitos e Cuba libres  resolvendo terminar com uma , não menos relaxante ducha e um banho de piscina , depois disso fomos nos trocar para almoçar no restaurante do Kawama  e por fim arrumar as malas para ir de encontro ao nosso próximo destino. Silvia já havia ido à recepção do Vila Tortuga para assegurar o checkout e já  havia combinado com um dos atendentes que disse que arrumaria um táxi para nos levar para  Havana , é lógico que mesmo sendo muito simpático , ele pediu uma propininha.

Às 15 hs em ponto estamos na recepção com nossas malas e tudo, fechamos a conta e aí chegou o táxi, só que o motorista , tentou colocar as bagagens no porta malas e não cabendo desistiu e foi embora , aguardamos então até às 15: 45 hs , quando aí chegou um novo veículo e era uma Van e aí cabiam as malas, nós e ainda sobrava espaço .

Pronto , bem acomodados na Van , fomos com destino à capital de Cuba,  conduzidos pelo jovem motorista (que deveria ter em torno de uns 26 anos), José e aí tivemos mais uma oportunidade de durante o trajeto entender um pouco mais de Cuba, seus costumes , o funcionamento de sua economia e os desejos de seu povo.

José , foi muito simpático, o tempo todo , respondia à todas as nossas indagações  e pudemos sentir nele a insatisfação com uma ausência da meritocracia , pois ele citava o caso dos médicos e dos próprios trabalhadores como ele , que  a não ser que fossem convocados pelo governo dificilmente teriam condições de viajar para o exterior ou comprar um veículo dos novos . Em outro momento ele também reconhecia que a revolução cubana havia avançado em pontos, como: saúde, educação e segurança , visto que em Havana tivemos a possibilidade de comprovar alguns desses pontos .

Após  duas horas , pudemos começar a vislumbrar Havana , conforme entramos na famosa Malecón o motorista José começou a nos mostrar alguns pontos interessantes da famosa avenida , como por exemplo a Praça José Marti, porém nesse dia , nossa passagem por Malecón foi rápida , pois estávamos apressados para chegar à nossa Vivienda  que ficava na Calle (rua) Espada  em Vedado.

Ao chegarmos no endereço , nos deparamos com um prédio muito antigo e um elevador mais antigo ainda , porém a Sra. Maida ( tia da Yanet) que tem a  Hospedaje de mesmo nome,   nos recepcionou  de forma  tão simpática , que quebrou o gelo e conforme entramos em nosso apto. e fomos vendo as acomodações , nossas impressões iniciais ruins foram se dissipando. Após apresentações rápidas e uma breve vistoria no local , Dna.Maida fez questão de nos fazer um pequeno mapa  com os principais pontos do entorno , explicando coisas que nos interessavam muito , como por ex. Internet  e  aí nos mostra onde é a ETECSA que é a cia. telefônica local e que é perto, porém nesse horário  já estaria fechada , amanhã quando  lá formos explicarei melhor como funciona e também muito perto teremos que ir ao banco para fazer câmbio.

Após subirmos as escadas com as malas, sim, é isso mesmo, os dois quartos ficavam na parte de cima da casa , pegamos as instruções das chaves para abrir e fechar os vários portões (que não eram poucos) e ganhamos as ruas. Vedado é uma das partes da cidade ,  a outra é  Havana central e velha , hospedar-se em Vedado é um pouco mais barato, porém fica-se um pouco mais longe dos principais pontos turísticos e históricos .

                                                  Hotel Nacional 

Andando  apenas uns três  ou  quatro  quarteirões chegamos à esse que é um dos símbolos de Havana , por  ser o mais famoso . Chegou a hospedar figuras famosas , como: Winston Churchill, Fred Astaire  e Walt Disney, ainda nos tempos recentes é palco de recepções à chefes de Estado e outras figuras iminentes . Chegamos  a ver um álbum fotográfico com  fotos do ex presidente Lula , ainda na época ao lado de Fidel Castro. Tem-se essa liberdade de entrar para conhecer o hotel , há um belo jardim com bar que segundo as pessoas que lá estão serve um delicioso daiquiri e de lá também tem-se uma bela vista do Malecón.

Silvia e Sandra estavam interessadas e pegaram informações acerca do Show Cubano que há no Hotel , no dia seguinte sexta feira haveria  e consiste em Show com alguns drinks inclusos e após , pista para bailar , o preço é de 60 CUCs por pessoa, um pouco puxado , mas amanhã iremos decidir.

Já eram 22:00 hs  e a fome já dava sinais , resolvemos então procurar por uma das indicações de Maida que era o restaurante La Roca , mas andar em Cuba, sem que alguém te aborde querendo "ajudar" com alguma indicação é impossível , pois geralmente essas pessoas ganham comissões dos locais . Nesse caso foi um cubano muito simpático chamado Joel , que nos abordou quando passávamos em frente ao Hotel Capri e fez questão de nos levar até um lugar, que segundo ele é maravilhoso, no caminho mais uma conversa sobre "Rastros de Mentira " e Neymar . Chegando ao local , não nos arrependemos , pois era muito ajeitadinho, o nome é "Paladar Nerei", paladares são geralmente casas em que as famílias autorizadas pelo Estado montam o restaurante na parte de baixo e moram na parte de cima , ou contígua . Demorou uns trinta minutos para podermos entrar e sentar , pois estava lotado, mas valeu a pena . Comemos pratos à base de frango, lagosta e camarões , acompanhados por um arroz típico de Cuba, bebemos rum, cervejas , mojito e suco e nossa despesa , foi na faixa de 15 CUCs por pessoa.

Bastante satisfeitos , saímos do "Paladar", caminhamos umas cinco quadras e voltamos para nossa vivienda , onde dormimos pesadamente o sono dos justos . Amanhã será outro dia de descobertas e surpresas.
































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