terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Capítulo1: Chile e uma parte da Patagônia Argentina

Ano Estelar  2013


Diário de bordo 30/09/2013



Para quem me conhece é fácil entender porque comecei desse jeito em tom de brincadeira . A  verdade é que sempre fui muito ligado em ficção científica e aventura  e embora não esteja narrando nenhum fato que seja apenas fruto da minha imaginação, uma viagem afinal de contas é sempre uma aventura, principalmente quando você está saindo fora de seu país e onde por mais que você programe as coisas (e a Silvia é especialista nisso) o inesperado sempre fará uma ou várias surpresas. Esse passeio está se revestindo de grande importância pois além de irmos eu, minha esposa Silvia , um casal de amigos, Osmar e Ismália , também está indo Mariana , minha filha mais velha de apenas 26 anos , com quem algum tempo atrás tive sérios atritos e apesar disso já estar superado , essa viagem poderia ser um momento de selarmos de vez um relacionamento de amor de pai e filha que para mim é tão importante. É uma pena que minha filha Natália , por estar recém empregada , não pudessse  ir conosco, tenho certeza que ela teria adorado, na próxima aventura ela deverá estar junto, nessa aqui além de ficar em casa, ficou tomando conta de nosso cãozinho (Biscoito é o nome do figura).


Rumo ao Chile  e “Viva Allende”

 
O tão esperado  dia da viagem finalmente chegou. Malas prontas , eu  , Silvia e Mariana estamos saindo de casa com a Spin (Chevrolet), nós três e a bagagem que não é pouca , passamos da casa de minha irmã (Magali) e meu sobrinho Rodrigo vai levar a nós todos e depois trará o carro para minha casa .  Após apanha-lo  rumamos  para a casa de Osmar e Lia (diminutivo de Ismália) , os apanhamos ( a eles e as malas que também não eram poucas )  e seguimos para o aeroporto de Cumbica .

Lá chegando fazemos o check-in, despachamos as malas (apenas as de bagagem) e fazemos um pouco de hora para o embarque que deveria ser às 15 hs. Em nosso mesmo vôo há uma delegação de atletas cadeirantes paralímpicos  e devido à dificuldade de operacionalização de todos esses passageiros o vôo acaba atrasando em torno de uma hora .

Após quatro horas de vôo,  com alguns solavancos começamos a sobrevoar  Santiago, nos preparando para a aterrissagem, é uma pena que já  chegamos à noite e não pudemos apreciar do alto a vista das cordilheiras , mas não faltará oportunidade . Após o avião tocar o solo , voilá  , estávamos na terra de Allende, Pablo Neruda ,  Gabriela Mistral e do Colo Colo (time mais popular do Chile, que se assemelha ao meu Corinthians  no Brasil).

Já  em terra firme e  com as bagagens em mãos tivemos nosso  primeiro obstáculo em terras chilenas . Não levamos nenhum dinheiro em moeda local  e os caixas  eletrônicos não estavam aceitando o cartão de débito da Silvia , dessa forma não tínhamos dinheiro nem para  tomar um café no aeroporto.

Depois através de negociação de pagamento em  cartão de crédito  fretamos um táxi van
e nos dirigimos para o Hostel que a Silvia havia reservado , apenas para passarmos aquela noite . A decepção foi geral, apesar de termos sido bem atendidos  era um muquifinho, afora isso  o frio era cortante  e estávamos com fome.

Conseguimos trocar   alguns dólares com os donos do “ Hostel “ e fomos a uma barraca em frente comer lanches, aí tivemos eu e o Osmar outro tipo de problema ( eles não vendiam cerveja), pronto,  nosso dia estava completo, mas  mantivemos o bom humor acreditando que no dia seguinte tudo seria melhor.

Voltamos para nossos alojamentos para dormir e esquecer o frio intenso, antes de entrar para os quartos , encontramos lá na hospedagem um  estudante brasileiro universitário paraense que sinceramente, fiquei muito em dúvida se ele não tinha cheirado uma carreirinha , pois após nos contar entusiasmado ,que a juventude no dia do aniversário do golpe militar de Pinochet (11/09/73) havia feito manifestações  e tinha havido muito quebra quebra, até aí tudo bem , no Brasil também tinha acontecido isso e para finalizar com chave de ouro ao falar sobre Cuba o rapaz entristecido falou que Fidel havia morrido,  ao ver-nos perplexos dizer que isso não tinha acontecido , ele sai com essa: pode não ter morrido fisicamente , mas a mente já se fue. Aí foi demais fomos dormir para ver se um novo dia chegava logo.

Nosso quarto tinha duas camas de solteiro e um beliche , para onde a Mariana se dirigiu alegremente para dormir na cama de cima , ela só se esqueceu que a cama estava bem próxima do teto que era baixo, portanto deu uma testada na parede para fechar com chave de ouro aquele primeiro dia . Como seriam os próximos dias , que surpresas nos aguardavam ? Nada de querer saber a resposta , só queríamos desmaiar em nossas camas. 

As fotos poderão ser vistas a partir do segundo capitulo. Vale a pena aguardar o próximo post. 

Um comentário:

  1. A beleza de viajar em hostels é ter aquela sensação de desapego! À primeira vista, a gente, tão acostumada aos pequenos luxos de classe média,tem aquela sensação de muquifinho mesmo, mas tenho alguns amigos que decidiram fazer anos sabáticos e rodar o mundo de mochila. Daí o hostel parece um oásis porque te oferece tudo que realmente você precisa: uma cama, teto e abrigo contra o frio.e a preços bem camaradas!

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