11/10/2013- Sexta feira
Vila La Angostura
Saímos de Bariloche, com aquela sensação de que nosso
julgamento inicial, talvez estivesse errado, por não termos tido uma visão mais
global da cidade , ela e seus arredores
são muito bonitos. Agora, o negócio é tocar em frente , ou melhor para trás , pois daqui para frente estaremos praticamente
fazendo uma viagem de volta para o nosso destino inicial que é Santiago do
Chile.
Nosso primeiro passo, nessa meia volta volver é ir até Vila
Angostura que fica distante de Bariloche uns oitenta quilômetros , esse
chamado vilarejo fica no coração da patagônia argentina e já tendo crescido
muito, hoje tem em torno de 15.000 habitantes. É uma estação de esqui super
simpática e nossa parada nesse local se deu para conhecer , em função dos bons comentários do livro que
levávamos e também pelo fato de estarmos num bom horário para o almoço.
Primeiro entramos numa dessas chocolaterias e sorveterias , onde
o dono anunciava para mim a plenos
pulmões que tinha sorvete para diabéticos, toda a Angostura deve ter ficado sabendo da minha situação. Ao
invés de ele falar calmamente que tinha sorvete diet, bem, vamos deixar para lá
. Havia outra coisa ali que enfeitiçava as mulheres: “as lojinhas”. Depois de
tomar um café expresso razoável. Fomos todos a um mercadão onde compramos
alfajores para trazer de lembrança para alguns amigos e parentes.
Feito isso Lia e Osmar foram almoçar. Adivinhem o que?
Empanadas . Eu, Silvia e Mariana fomos a um restaurante e pedimos dois pratos de carne e um pescado ,
além de três taças de vinho . A taças eram
grandes e vinham bem cheias , de repente depois de tudo pedido, fizemos
a clássica pergunta que não quer calar. “Aceitam tarjeta”, a resposta negativa
nos esmagou. Fuzilei a Silvia com o olhar, pois era sempre eu que estava
preocupado em tirar dinheiro dos cajas (caixas). A Silvia então tomada de profunda indignação
saiu do restaurante e voltou com os
pesos que conseguiu tirar num caixa a uma quadra e meia de distância .
Pudemos então almoçar sem nos preocupar
em lavar a a louça.
Rodaríamos mais uns vinte e cinco quilômetros e
encontraríamos a alfândega argentina . Naquele momento fiquei com raiva. Os
agentes da fronteira mandavam que todos retirassem as bagagens dos veículos e
as colocassem sobre esteiras para serem examinadas. Eu que já tinha feito xixi em todas as outras
alfândegas que tínhamos passado, fiquei novamente indignado, pois, para ir ao banheiro tinha que pagar dois pesos argentinos , a
sorte é que tinha me sobrado exatamente
essa quantia em moedas .
Com gelo
até a metade da perna.
Resolvido o problema da revista da bagagem e passando
pela fronteira e estando novamente em
território chileno , pudemos curtir novamente a linda e rica paisagem ,
inclusive porque nesse momento já estávamos novamente em boa estrada asfaltada.
À frente alguns quilômetros pudemos curtir novamente a paisagem de montes nevados e vulcões
e na estrada curtimos algo que foi muito legal. Do lado esquerdo da pista ainda
estava acumulado uma boa manta de gelo sobre a maior parte do acostamento e
assim pudemos tirar muitas fotos legais , inclusive tendo a experiência de lá
andando afundar na neve até a metade da perna.
Rumo
à Osorno
Nosso destino agora é essa cidade que dista de Angostura em
torno de cento e sessenta quilômetros . O passeio todo foi muito bom , visto
que já estávamos novamente pegando boas
estradas . Chegando em Osorno , também
tivemos aquela primeira impressão
complicada , pois o guia (livro) nos dizia que a cidade é grande
,pois tem cento e cinquenta mil
habitantes e é circundada pelo vulcão
com o mesmo nome da cidade , só que nos pareceu uma cidade muito velha
pelos imóveis que vimos desde a entrada , talvez fosse precipitado, mas sabe
como é, a primeira impressão é a que fica .
Procurando um Shopping Center , para ter um estacionamento
seguro para o carro e as bagagens , logo no centro o achamos ao lado de um
grande Jumbo, fomos a um café e pedimos a senha do Wi-Fi para procurarmos pousada para aquele dia ,
enquanto isso Ismália se encantava com os preços de algumas jaquetas de couro
ecológico. Saldo da brincadeira , compraram os agasalhos: a Lia, o Osmar e a
Mariana. Nessa loja encontramos uma vendedora
brasileira , que nos falou que lá estava morando porque se casara com um chileno , mas que estava com muita
saudade da família , principalmente do pai , que por medo, não viaja de avião , ela parecia um pouco
carente de brasilidade.
Procurando Cabana
Como íamos apenas dormir e logo no dia seguinte seguir viagem, não
seríamos muito exigentes , então procurando por cabanas achamos um Hostel
chamado Blumenau, que depois soubemos tinha esse nome por homenagem à nossa
cidade do Estado de Santa Catarina. Negociamos o preço e inclusive o desconto de 19% que se tem com nota fiscal
e se é turista . Tudo novamente arrumado partimos para o Super Mercado para
mais uma sessão de vinhos, queijos , doces e uma boa sessão de risadas com as
trapalhadas que aconteceram naquele dia .

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