sexta-feira, 14 de março de 2014

Capítulo 12- Vila La Angostura

11/10/2013- Sexta feira


                             Vila La Angostura


Saímos de Bariloche, com aquela sensação de que nosso julgamento inicial, talvez estivesse errado, por não termos tido uma visão mais global da cidade , ela  e  seus arredores  são muito bonitos. Agora, o negócio é tocar em  frente , ou melhor para trás , pois  daqui para frente estaremos praticamente fazendo uma viagem de volta para o nosso destino inicial que é Santiago do Chile.

Nosso primeiro passo, nessa meia volta volver é ir até  Vila  Angostura que fica distante de Bariloche uns oitenta quilômetros , esse chamado vilarejo fica no coração da patagônia argentina e já tendo crescido muito, hoje tem em torno de 15.000 habitantes. É uma estação de esqui super simpática e nossa parada nesse local se deu para conhecer ,  em função dos bons comentários do livro que levávamos e também pelo fato de estarmos num bom horário para o almoço.

Primeiro entramos numa dessas chocolaterias e sorveterias , onde o dono anunciava para mim  a plenos pulmões que tinha sorvete para diabéticos, toda a Angostura  deve ter ficado sabendo da minha situação. Ao invés de ele falar calmamente que tinha sorvete diet, bem, vamos deixar para lá . Havia outra coisa ali que enfeitiçava as mulheres: “as lojinhas”. Depois de tomar um café expresso razoável. Fomos todos a um mercadão onde compramos alfajores para trazer de lembrança para alguns amigos e parentes.

Feito isso Lia e Osmar foram almoçar. Adivinhem o que? Empanadas . Eu, Silvia e Mariana fomos a um restaurante  e pedimos dois pratos de carne e um pescado , além de três taças de vinho . A taças eram  grandes e vinham bem cheias , de repente depois de tudo pedido, fizemos a clássica pergunta que não quer calar. “Aceitam tarjeta”, a resposta negativa nos esmagou. Fuzilei a Silvia com o olhar, pois era sempre eu que estava preocupado em tirar dinheiro dos cajas (caixas).  A Silvia então tomada de profunda indignação saiu  do restaurante e voltou com os pesos que conseguiu tirar num caixa a uma quadra e meia de distância . Pudemos  então almoçar sem nos preocupar em lavar a a louça.

Rodaríamos mais uns vinte e cinco quilômetros e encontraríamos a alfândega argentina . Naquele momento fiquei com raiva. Os agentes da fronteira mandavam que todos retirassem as bagagens dos veículos e as colocassem sobre esteiras para serem examinadas. Eu  que já tinha feito xixi em todas as outras alfândegas que tínhamos passado, fiquei novamente indignado, pois,  para ir ao banheiro  tinha que pagar dois pesos argentinos , a sorte é que tinha me sobrado  exatamente essa quantia em moedas .


                                    Com gelo até a metade da perna.

Resolvido o problema da revista da bagagem e passando pela  fronteira e estando novamente em território chileno , pudemos curtir novamente a linda e rica paisagem , inclusive porque nesse momento já estávamos novamente em boa estrada asfaltada.

À frente alguns quilômetros pudemos curtir  novamente a paisagem de montes nevados e vulcões e na estrada curtimos algo que foi muito legal. Do lado esquerdo da pista ainda estava acumulado uma boa manta de gelo sobre a maior parte do acostamento e assim pudemos tirar muitas fotos legais , inclusive tendo a experiência de lá andando afundar na neve até a metade da perna.

                                           Rumo à Osorno  

Nosso destino agora é essa cidade que dista de Angostura em torno de cento e sessenta quilômetros . O passeio todo foi muito bom , visto que já estávamos novamente  pegando boas estradas  . Chegando em Osorno , também tivemos  aquela primeira impressão complicada  , pois o  guia (livro) nos dizia que a cidade é grande ,pois tem cento e cinquenta  mil habitantes e é circundada pelo vulcão  com o mesmo nome da cidade , só que nos pareceu uma cidade muito velha pelos imóveis que vimos desde a entrada , talvez fosse precipitado, mas sabe como é, a primeira impressão é a que fica .

Procurando um Shopping Center , para ter um estacionamento seguro para o carro e as bagagens , logo no centro o achamos ao lado de um grande Jumbo, fomos a um café e pedimos a senha do Wi-Fi  para procurarmos pousada para aquele dia , enquanto isso Ismália se encantava com os preços de algumas jaquetas de couro ecológico. Saldo da brincadeira , compraram os agasalhos: a Lia, o Osmar e a Mariana. Nessa loja encontramos uma vendedora  brasileira , que nos falou que lá estava morando porque se casara  com um chileno , mas que estava com muita saudade da família , principalmente do pai , que por medo,  não viaja de avião , ela parecia um pouco carente de brasilidade.


                                              Procurando Cabana


Como íamos apenas dormir e  logo no dia seguinte seguir viagem, não seríamos muito exigentes , então procurando por cabanas achamos um Hostel chamado Blumenau, que depois soubemos tinha esse nome por homenagem à nossa cidade do Estado de Santa Catarina. Negociamos o preço e inclusive  o desconto de 19% que se tem com nota fiscal e se é turista . Tudo novamente arrumado partimos para o Super Mercado para mais uma sessão de vinhos, queijos , doces e uma boa sessão de risadas com as trapalhadas que aconteceram naquele dia .      









Fotos: Mari Turco

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